domingo, 17 de julho de 2011

A Fé deste Sportinguista está em reconstrução.


Estamos no início da época 2011 / 2012. Renova-se a fé Leonina. Desejo bem que este seja um ano melhor que os 3 anteriores. Bem precisamos.

domingo, 27 de março de 2011

Novas Eleições: JÁ!


Quando pensávamos todos que não podíamos bater mais no fundo, eis que a madrugada deste Domingo nos trouxe miseravelmente mais uma cena que não se coaduna com a história deste clube centenário. Actos de violência como os que assistimos perto das 5 e meia da manhã deixam-me revoltado, por saber que meia dúzia conseguem manchar de forma vergonhosa, o bom nome do Sporting Clube de Portugal, dos seus atletas e dos seus sócios e adeptos. Partir para a violência apenas por que a "nossa" lista não ganhou é descer ao mais básicos instintos de quem é anti-democracia.


Não estão em causa a indignação e a revolta que milhares de Sportinguistas sentiram nesta noite negra - mais uma -na história recente do clube, por terem sido enganados, uma vez mais, por uma corja de jornaleiros que odeiam o Sporting. O que se passou esta madrugada é grave a todos os títulos.


1º) anunciar uma sondagem à boca das urnas ainda com as mesas de voto abertas é escandaloso. O jornal RECORD e o seu director DEVEM um PEDIDO de DESCULPAS à instituição Sporting Clube de Portugal. Não é o resultado da sondagem, mas sim a forma e o timming como foi publicada. Este acto, só fez deslocar a Alvalade ainda na hora e meia restante em que as mesas de voto estavam abertas, mais algumas centenas de associados, com mais de 10, 15 e 20 anos de sócio, logo, com mais votos, votarem noutras listas.


2º) depois das mesas de voto fechadas foram várias as notícias libertadas pelo jornal RECORD que na sua essência estavam erradas e que para os mais atentos iriam provocar um tumulto se as mesmas não fossem confirmadas. A partir daqui toda a noite foi uma bola de neve de informações, todas no sentido contrário ao que se estava realmente a passar na contagem dos votos.


3º) claramente, a falta de informação dada pelo Sporting sobre a forma como estava a decorrer o acto de contagem dos votos permitiu que todos os media alimentassem o seu trabalho com base em rumores. O Sporting e a organização do acto eleitoral, falhou em toda a linha, sabendo que no exterior as notícias iam em sentido contrário ao apurado nos votos iria permitir que se alinhassem as pessoas erradas para a festa/anuncio errado. Os apoiantes da lista A desmobilizaram-se. Os apoiantes da lista C acreditaram e mobilizaram-se. Tudo, sem que alguém com clarividência dentro daquela estrutura acreditasse que estavam alinhadas as condições para uma noite de má memória.


4º) Zero Dignidade por parte dos dirigentes e comissão eleitoral perante tudo o que se estava a passar. Um palanque medíocre, segurança fraca, informação nula... e os media a alimentar especulação, rumores e a vitoria de uma lista que afinal, acreditando no que diz o responsável pela contagem dos votos, nunca esteve em vias de ganhar.


5º) Em democracia, 1 voto é um voto. Por 1 voto se ganha. Por 1 voto se perde. Mas, perante tudo o que aconteceu nesta madrugada, o Presidente eleito está ferido de morte. Não há como pintar outro quadro. Perante todo o processo desastroso entre o fecho das urnas e o anúncio dos resultados, existe Zero legitimidade para o vencedor destas eleições. Há dúvidas, há factos mal explicados, há indignação, há revolta e sobretudo... há uma história na contagem dos votos que nunca será verdadeira para quem não esteve lá. Para grande parte do Universo Leonino, estas Eleições foram ganhas por conveniência, foram ganhas por batota e este facto - que transforma esta eleição numa nuvem negra na história do nosso Sporting - representa UMA VERGONHA PARA TODOS NÓS E PARA A LISTA VENCEDORA.


6º) No lugar de Godinho Lopes hoje teria já falado à Nação Leonina abdicando do resultado destas eleições e exigindo nova eleição, no mínimo com as 2 listas mais votadas. Chamem-lhe 2ª volta, chamem-lhe repetição, chamem-lhe o que quiser, mas se Godinho Lopes quer ser mesmo Presidente de todos os Sportinguistas, não pode permitir que a dúvida permaneça, que a sua vitória - por mais legítima que tenha sido - fique manchada por má gestão do clube no acto eleitoral, pelo amadorismo com que mais uma vez fomos brindados no lugar do tratamento sério que este acto eleitoral exigia.


7º) Fomos na madrugada de ontem achincalhados por jornalistas de todos os meios e manipulados por um responsável de um Jornal que nos Odeia e que não perdeu a oportunidade de largar napal num território escaldante como o que ontem presenciámos. Isto é claro de que há mais interessados na destruições da credibilidade deste clube do que interessados no seu reerguer. Tudo o que se passou ontem resume-se a uma palavra: V E R G O N H A. Ninguém sai ileso. Para bem do Sporting, para bem da Paz que o clube necessita, para recuperar a sua credibilidade e eleger um PRESIDENTE para todo o Universo Leonino, NOVAS ELEIÇÕES: JÁ!!!

sábado, 26 de março de 2011

Quem é o menos Mau?

Começo por pedir desculpas, por não ter cumprido a promessa de, na passada terça feira, ter postado neste blogue quais as minhas impressões sobre os candidatos e qual o meu sentido de voto. Mas, depois de um debate deprimente a que assisti na noite de segunda feira, fiquei sem qualquer vontade de escrever o que quer que fosse, sobre os candidatos e sobretudo por não ter qualquer sentido de voto. Terminei a noite de segunda feira - após o debate na RTP N . convencido de que, todos juntos, os candidatos, não davam Um bom Presidente.

Da noite de segunda feira até hoje, pouco ou nada mudou na minha análise aos candidatos. E começo por escrever este post com uma certeza: o meu sentido de voto será sempre no candidato... menos mau. Não irei votar em branco. Vou a Alvalade para me responsabilizar por uma escolha. Entregarei o meu voto a um deles - direi qual adiante - com um propósito claro: acreditar que a sua vitória, fará menos mal ao Sporting do que a vitória de qualquer outro dos restantes candidatos.

As ideias que retive desta campanha eleitoral Leonina são, na sua maioria, fraturantes com a visão que corre pelo o universo Leonino. Na minha opinião, a quantidade de candidatos não deu qualidade ao debate de ideias, à apresentação de projectos, a elevação da linguagem e uma corrente clara para as opções de rumo para o futuro do Sporting Clube de Portugal. Esperava muito que a estas eleições, se chegassem "à frente" nomes que estão fora do circo do costume, valores que desconheço - mas que não serão muito difíceis de adivinhar - terão falado mais alto. Mas, é pena.

Sobre os que estão a votos hoje, algumas considerações.

Godinho Lopes - é, claramente, o testa de ferro da continuidade. O desperdício de tempo e forças afirmando o contrário, quebrou qualquer ideia contrária. Godinho Lopes, terá pensado que estas eleições eram favas contadas... mas o Sporting quer mudar. Mudar de vida, de rumo e de discurso. Todos os nomes agarrados a esta lista sabem que esta é a última oportunidade de terem um papel qualquer no Sporting. Mas, o cheiro a "esgoto" nesta lista é tão grande - não fosse esta lista preenchida por algumas das Ratazanas mais gordas que chafurdam em Alvalade à mais de uma década - que é impossível não dizer que, uma vitória de Godinho Lopes seria mais do mesmo. Pode haver boa vontade no candidato, mas, há outras vontades que movem outros interesses, que são nefastos para qualquer ilusão Leonina num futuro próximo. Quanto ao treinador, a ser verdade, Domingos Paciência é uma boa proposta, mas, como já escrevi antes, o futuro do futebol do Sporting no regresso às vitórias terá de passar por um treinador estrangeiro.

Bruno Carvalho - esforcei-me ao máximo para que esta candidatura agarrasse o meu voto, a minha paixão, a minha ilusão, mas a cada dia que passou, esta candidatura só conseguiu afastar-me. Há uma nuvem cinzenta à volta de Bruno Carvalho que não consegue desvanecer. Não acredito no fundo, não acredito nos seus promotores, na sua viabilidade e... sem este fundo Bruno Carvalho é um candidato frágil. Van Basten, foi dos jogadores que me fez vibrar naquela Holanda do fim dos anos 80 e início dos anos de 90. Mas como treinador, não seria a minha escolha no imediato. É dos 5 treinadores propostos, o mais fraco, na minha opinião.

Abrantes Mendes - entrou nestas eleições por pensar - legitimamente - que pior que os outros não era e para dizer de viva voz "eu sempre tive razão". Lírico e realista, tem, de todas as candidaturas, a mais opaca. Só que o Sporting, na minha opinião, precisa mais do que simples realismo. Precisa de uma pitada de ilusão e sonho para vender mais gameboxes. O realismo - principalmente o actual desanima. Acho, que se for outro o candidato o eleito que não o Godinho Lopes, deveria convidar para a direcção Abrantes Mendes. Por uma razão simples: este homem andou a pregar no deserto quase 15 anos... e com razão! Dunga, é a sua escolha para treinador. Mas, não acredito "neste" Dunga. Pelas entrevistas que li do homem recentemente, julgo querer no seu horizonte equipas com um orçamento de um outro calibre. Dunga parece-me apontado a outras ligas. Mas... um homem que prega 15 anos no deserto, pode fazer milagres.

Dias Ferreira - finalmente vai até ao fim com uma candidatura. O mais mediático dos candidatos, entra numa corrida para mudar o "fado" recente do Sporting. Inquestionável o seu Sportinguismo, mas, Paulo Futre foi... um tiro no pé. Com tantos, mas tantos sportinguistas que poderia ter recrutado para aquele lugar, Paulo Futre não foi a escolha mais lógica. Futre, teve uma boa escola: Atlético Madrid, mas com Futre o Atlético viveu no céu e no inferno. Há uma bipolaridade em Futre que me cria arrepios profundos... basta lembrar onde estava o Atlético Madrid quando Paulo Futre foi director desportivo. E os arrepios que me causa essa ideia... Frank Rijkaard é o outro lado da moeda. É dos 5 treinadores o meu preferido. O futebol das suas equipas é ofensivo e roça o espetacular muitas vezes. O seu currículo é suficiente para assumir que seria para já o treinador com mais currículo que alguma vez treinou o Sporting. Dias Ferreira tem na mão alguns núcleos importantes. A escolha do treinador é excelente, mas quanto pesará a escolha do vice para o futebol?

Pedro Baltasar - veio para estas eleições nitidamente com 2 objectivos: lutar contra a continuídade, encarnada por Godinho Lopes e contra o pré anunciado Messias e o seu fundo Russo, encarnado por Bruno Carvalho. E taxativamente conseguiu. Alguma dificuldade no início mas a dominar nos debates finais. É dos 5 o único que efectivamente tem dinheiro seu investido à séria. Foi o investidor privado principal do Sporting nos ultimos anos e terá sido suficientemente queimado pelo infortúnio e desbaratar de oportunidades em que o clube se enterrou. Mas, no plano de projecto futuro, pouca firmeza e objectividade. Uma linha presidencialista - num estilo João Rocha - é um pouco vago na realidade dos nossos dias. Mas, Zico foi uma boa opção. Tem ADN Leonino a correr nas suas veias. E tem um feitio que iria fazer as delícias dos sócios e... muita azia na imprensa. Com uma boa estrutura conseguiria colocar com poucos meios e baixo investimento esta equipa a jogar muito melhor. Contra Bruno Carvalho ou Godinho Lopes ganharia as eleições. Mas julgo que a votação de hoje será uma agradável surpresa.

E o meu voto vai para... Dias Ferreira. A sua história na defesa dos interesses do Sporting, o seu conhecimento profundo dos recantos escuros e obscuros pelos quais se movem os nossos principais rivais, as teias em que os homens dos apitos se penduram, a forma como alguns jornaleiros servem os donos, servirá com certeza absoluta para colocar de novo o Sporting num patamar de respeito que perdeu com as falinhas mansas dos últimos anos. O seu fundamentalismo pelo Sporting é merecedor do meu voto. A sua estratégia para o futebol no curto prazo é de longe a melhor entre os candidatos. Até Paulo Futre pode redimir-se com a sua história no Sporting. Não sei se Dias Ferreira tem neste momento a vitória na mão, mas tenho a certeza que a sua eleição é a mais incómoda para rivais, para alguma imprensa e para o "sistema" que, mais discreto, continua a ter um papel importante. Com Dias Ferreira termina o discurso do "Só podem existir 2 grandes em Portugal". Termina o achincalhamento a que temos sido expostos por quem nos quer ver na tal "belenização". Com Dias Ferreira, acredito que de uma vez por todas, as ratazanas que movimentaram na penumbra de Alvalade serão exterminadas. Acredito que, com Dias Ferreira a paixão regresse e Alvalade volte a ser uma arena de Leões famintos e ensurdecedores. Com Dias Ferreira teremos finalmente alteração nos estatutos e algumas medidas discutidas no congresso aplicadas a curto prazo. Com Dias Ferreira, todos terão muito mais para dizer, é certo, mas terão muito mais a temer. Será o homem certo? Isso não posso garantir. Mas que entre estes candidatos é o menos Mau... disso não tenho muitas dúvidas.

A terminar, deixo a sugestão a Dias Ferreira, caso seja eleito: convidar Pedro Baltazar e Abrantes Mendes para formar equipa não seria uma má ideia. Qualquer um deles teria muito a acrescentar em áreas como as Finanças e Fundos (Baltazar); Sócios e Ecletismo (Mendes).

terça-feira, 22 de março de 2011

Hoje a nação Leonina ficou mais pobre.

Foi com um enorme pesar que recebi pela manhã a triste notícia do falecimento de um homem que aprendi a respeitar, a ouvir e a admirar, não só como profissional da comunicação social, mas como um grande Sportinguista. Um homem apaixonado pelo seu clube do coração, que imortalizou com as suas crónicas e relatos, épocas de Ouro do nosso Sporting. Artur Agostinho, no pleno dos seus 90 anos, escreveu e falou sobre o Sporting actual com mais lucidez e visão do que a maioria de nós. Para nossa tristeza, desapareceu sem levar consigo uma imagem feliz dos ultimos tempos. Mas acredito, que todas as glórias que viveu ao lado do nosso emblema, superam em muito as memórias recentes.

Um Obrigado por tudo ao Artur. Um amigo, sempre cordial, respeitador e justo.

Ficarás para sempre na minha memória.

Até sempre.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Os Tempos exigem a máxima reflexão.


Este blog e o seu autor, não desertaram para parte incerta. Desde a saída de Bettencourt e demissão de todos os orgãos sociais do anterior exercício, optei por um silêncio profundo e exercer um período reflectivo sobre o passado recente, o momento presente e o futuro do Sporting.

No útlimo mês, muito se disse e escreveu sobre o Sporting. Na blogosfera, são inúmeras as discussões entre sportinguistas sobre os mais variados temas. Na comunicação social, são muitas as movimentações das agências de comunicação com informação e contra informação, sobre o perfil, seriedade (ou falta dela) dos candidatos a presidente para as eleições da próxima semana. Acompanho intensamente o que se diz, o que se promete, as análises que se fazem sobre o passado, o xorrilho de asneiras que se escrevem por "opinadores" de conveniência.

A equipa de futebol, penosamente, lá vai cumprindo o calendário.

O ânimo dos meus companheiros de bancada anda ao sabor dos nomes que se anunciam, "para isto e para aquilo".

Mas continua a prepétuar uma pergunta na minha cabeça... para onde caminha o Sporting? E ainda não vi, não ouvi, não li, nada dito por alguém ligado ao Sporting, ou que deseje ficar ligado ao Sporting, que elucidasse a minha questão.

Muita parra...

Uvas? Nem vê-las.

Faltam 8 dias para as eleições que, por certo, para bem ou mal, mudarão para sempre o destino do clube. Na próxima terça feira, direi por aqui, qual o candidato que reune a minha preferência ou, em sentido contrário, se optarei por um voto em branco por não acreditar minimamente em nenhum dos homens e projectos apresentados e que quererá dizer que não quero hipotecar o futuro do clube do meu coração nas mãos de qualquer um só porque promete isto e aquilo.

O momento do Sporting não exige votos do contra. Exige sim, uma séria escolha para o futuro do clube. E essa escolha pode passar por dizer em alto e bom som: Nenhum Destes Senhores Reune Capacidade para devolver ao Clube o Respeito, a Notoríedade e as Vitórias que nos habituámos a ver, a rever e a ouvir do legado dos nossos pais e avós.

Sempre Sporting.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A fuga do cordeiro com pele de Leão. (parte II)


Inevitável. Elementar. Lastimável.

Sejamos honestos: que futuro pode ter um clube, com mais de 100 anos de história, se nos últimos 16 anos, todos os presidentes bateram em retirada? Santana Lopes, José Roquette, Dias da Cunha, Soares Franco e agora José Eduardo Bettencourt. Alguém me explica como pode um clube almejar ser um dos maiores da Europa se o cargo de maior importância no clube, é sistematicamente abandonado pelos seus presidentes, um após outro, sem respeito pelos deveres que são impostos num mandato e que deveriam ser vividos na máxima plenitude do orgulho, da dedicação, da paixão e do esforço por quem assume o título de Presidente do Sporting Clube de Portugal?

Não foi nem 1 nem 2... foram 5, as figuras do universo leonino que bateram em retirada nos últimos 16 anos, implicando aqui, uma linhagem "política" iniciada pelo projecto Roquette, que... uma década e meia depois nos trouxe até aqui.

Estamos mais fracos, mais pobres e menos competentes. Os prós e contras de um projecto começam agora a dar os resultados. O balanço vai ser por certo alvo de muita conversa nas próximas semanas.

Mas, centrando agora a questão na demissão de José Eduardo Bettencourt, tenho que assumir que não estava à espera neste momento que passa-se pela cabeça do ex-presidente não cumprir o seu mandato. No entanto mais a frio compreendo a inevitabilidade, a sua componente elementar e o seu lastimável significado.

Inevitável.

José Eduardo Bettencourt é eleito por 90% dos votos numa eleição que arrastou uma maioria legítima para uma esperança renovada. Parecia-nos ser finalmente o Leão certo no lugar certo. Mas, como manda a tradição, pau que nasce torto jamais se endireita. Um candidato sem projecto dificilmente podia chegar longe. Acreditei, no discurso sereno, diferente e credível de alguém que tem no seu ADN leonino o pó das bancadas de Alvalade. Adicionando o facto de ser um gestor, com resultados apresentados e que não precisava do cargo de presidente para auto-promoção. Mas, por mais dissimulada que estivesse no barulho das luzes, a margem de erro estava lá e era garantidamente grande demais para não ser notada. Bettencourt perde a batalha Paulo Bento Vs. bancada Leonina e perde nesse mesmo momento poder. Daí até à sua demissão seria uma questão de tempo. Tenho para mim que a partir da saída de Paulo Bento, Bettencourt "perdeu" o interesse na parte desportiva, como se pode comprovar pelas opções tomadas a partir daí., dedicando-se a outra agenda...

Elementar.

Bettencourt foi nitidamente empurrado para a presidência do Sporting por um sector ao qual se pode chamar "os restos do projecto Roquette". E foi empurrado com 2 agendas. Uma no plano desportivo que morreu no dia em que Paulo Bento se demite. Tudo o resto que se seguiu no plano desportivo afecto ao futebol profissional foi mero exercício de manutenção sem claudicar a outra agenda... a da reestruturação financeira. E aqui, é de sublinhar, Bettencourt atingiu praticamente o pleno dos seus objectivos. Discretamente, conseguiu arrumar a casa nesse sentido. Todo o processo financeiro de renegociação com a banca, a operação harmónio, a capitalização de tesouraria e um arrumar do passivo global do clube correu longe das pressões e holofotes da comunicação social. Enquanto esta se dedicava aos sucessivos episódios desastrosos da estrutura ligada ao futebol profissional, Bettencourt e todos aqueles que exigiam a reestruturação financeira manobraram as operações com a banca. Dizem-me que esta operação permitirá ao Sporting encarar melhor o seu futuro do ponto de vista financeiro. Mas não me dizem quanto custará ao clube os resultados a médio longo prazo destas operações. O que sei, é que a banca está neste momento mais segura e tranquila de que, neste negócio, não saíram a perder e que existe um novo ciclo, onde estão - os bancos - mais "garantidos" com a certeza de que as bolas ao poste e as más arbitragens não vão interferir mais com o plano de abate de passivo. Aqui, Bettencourt esteve implacável. Resolveu o problema aos bancos. Resolveu o problema dos vários passivos e arrumou verticalmente os balanços e contas do clube. Quem vier a seguir terá apenas de seguir a cartilha. Finalizada esta operação e bem cumprida a missão para que fora destacado, seria elementar a saída de Bettencourt, de bem com a banca - seu habitat profissional natural - para onde sairá, com certeza numa posição ainda mais reforçada do que aquela que deixou quando abraçou a missão. Acrescento aqui que, Bettencourt, foi anda bem sucedido na negociação da indemnização da CM Lisboa e a revisão do plano de pormenor que nos permitirá no futuro o encaixe de mais alguns milhões e a construção do novo Pav. de Alvalade junto ao Estádio.

Lastimável.

O timming do anuncio da sua demissão. Após uma derrota com um Paços de Ferreira? Por causa dos apupos de meia centena de "zombies" que acham que o Sporting ainda vive nos dourados anos 50 e 60. Não vive! E temos que o aceitar.

Depois de Dias da Cunha se demitir por causa de outra batalha perdida - Peseiro Vs. Bancada de Alvalade - seria impensável um presidente do Sporting se demitir após uma derrota com um clube... que luta todos os anos para não descer. Ainda para mais no seguimento de uma arbitragem (mais uma) deplorável de um tal de Catita! Um Presidente do Sporting não pode sair assim. É deixar o clube à mercê de uma humilhação pública e o visível enfraquecimento perante os seus principais adversários. Nunca perdoarei a Bettencourt esta fuga. O que eu pensava ser um Leão, afinal, era um cordeiro disfarçado de Leão. Não coloco em causa o sportinguismo de Bettencourt, mas, não deverá ousar jamais em pensar sequer ocupar um lugar de responsabilidade no clube. Nem como Steward.

Esta demissão terá de ter um significado claro para a nação Leonina: o fim de 1 ciclo. O Fim do "projecto Roquette". Não à Cooptação. Eleições Imediatas. Sportinguistas Integros e Determinados a fazer renascer a paixão nas bancadas precisam-se. Já!!! Mas cuidado... há mais cordeiros disfarçados de Leão por aí....

A fuga do cordeiro com pele de Leão. (parte I)


Inevitável. Elementar. Lastimável.

Extra isto, tudo o resto são fait-divers, próprios de uma presidência sem rumo, dominada pelas correntes e contra-correntes instadas na comunicação social, nas redes sociais e blogo-esfera e em restaurantes circundantes a (ou dentro de!) Alvalade ou à beira rio. Isto e mais algumas coisas que reservo para o próximo post.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Paulo, tens o nosso coração nas mãos.

Vive-se já novo ano em Alvalade o espírito é só um: enterrar em definitivo os 2 maus anos que passaram. E é nas mãos de "Paulo" Sérgio que reside a responsabilidade de sucesso nesse desejo. O ano entrou com 2 vitórias. Na Taça da Liga, vitória sobre a Naval, num jogo sem grande história e para a Liga, no passado Sábado, contra o Braga, uma vitória "sem espinhas" mas que podia (e devia) ter sido mais brilhante.

Paulo Sérgio está a esforçar-se para agarrar em definitivo o trilho das vitórias. Não conseguiu ainda impor um futebol bonito, mas tem investido na objectividade. É importante ganhar. Ganhar sempre! Com ou sem futebol espectáculo, é fundamental que a equipa ganhe. As vitórias trarão a tranquilidade e o discernimento para dar à equipa um fio de jogo mais consistente e com um desenho mais atractivo e condizente com o valor do plantel.

Há, no entanto, muito bom(?) sportinguista, que continua a cuspir nas vitórias do clube. Porque se joga mal, porque o treinador é mau, porque o plantel é mau, porque Costinha é mau, Bettencourt idem e Couceiro - à 13 dias em exercício - é igualmente mau. Ou seja, lendo alguns fóruns leoninos, percebe-se que em Alvalade tudo é mau.

Não é essa a minha opinião. Em Alvalade há vontade, há trabalho e há força para remar contra tudo e contra todos. Deseja-se no apoio, quem está com a equipa, independentemente das suas fragilidades ou insuficiências. Quem não vive o Sporting, como o seu grande Amor, deve remeter-se ao silêncio.

É certo que, sabemos todos, Paulo Sérgio joga nos próximos 2 meses a sua continuidade em Alvalade. Um 2º Lugar com acesso à Champions League, uma Meia Final na Liga Europa e uma vitória na Taça da Liga podem dar a Paulo Sérgio argumentos para discutir a sua permanência em Alvalade. Se o conseguir apoiarei a sua continuidade. O que me interessa são vitórias e quem luta por elas. Não farei como alguns, que desejam as derrotas do clube só para deleite das suas opiniões e vingarem os seus presságios. Força Paulo, dá-nos as vitórias e haverá com certeza muitos mais que te apoiaram dos que permanentemente exigem a tua cabeça (e também de todos aqueles que se atrevem a lutar pelo Sporting).

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Poderá ser 2011 um ano melhor?


A resposta a esta questão vai ser dada por este homem - José Couceiro - esta quarta feira, na apresentação de uma nova estrutura para o futebol profissional do Sporting.

Sem ninguém esperar, saiu esta terça feira um comunicado da SAD Leonina informando de que José Couceiro, 48 anos, será o novo homem forte para o futebol, em Alvalade, assumindo o cargo Director Geral, com funções alargadas à gestão na área da formação efectuada na Academia e para a organização do scouting e observação de novos talentos espalhados pelos 4 cantos do mundo.

Apelando ao momento natalício que atravessamos, será um brinde ou uma fava, esta notícia que deixa para já o universo leonino estupefacto?

Em Alvalade corria o sentimento de que, alguma coisa tinha de ser feita. Para os mais práticos, são cabeças que têm de rolar. A do presidente, do director para o futebol ou até mesmo a do treinador... e para os mais fundamentalistas, até o roupeiro deveria ir à vida. Para os mais pacientes, a aposta na manutenção da estrutura, com possibilidades de apoio à vinda de um novo treinador, desde que fosse alguém que fosse uma mais valia clara no aspecto técnico.

Bettencourt, avançou para uma terceira via. Retira-se (?) do quadro estrutural de organização e gestão o futebol, para dar lugar a um director geral, mantendo-se apenas no topo hierárquico, para dar a cara quando a coisa correr bem... ou mal, entregando o poder do futebol a um sportinguista, que conhece a casa, que tem sangue leonino, que acumulou experiência, interna e externa, em momentos e funções que enriqueceram em vários quadrantes da sua personalidade a cultura futebolística.

É a solução que todos desejávamos? Para a maioria não, é antes uma surpresa, sem impacto positivo ou negativo imediato nas esperanças Leoninas. Para uma minoria, permanentemente contestatária, claro que não é.

Li já em vários blogues, opiniões - dos sempre do contra - que Couceiro pertence à brigada do croquete, que é um "roquettista", que alinha pela actual direcção, que será um testa de ferro de Bettencourt, que Costinha perde poder, que este deveria demitir-se... enfim, o apocalipse do costume, desenhado por aqueles, que à partida, estão sempre contra.

Qual é a minha opinião? Bom, Couceiro já esteve no Sporting com as funções agora ocupadas por Costinha. Foi em 98, um ano também ele desastroso, mas que curiosamente abriu portas para o título que aconteceria pouco mais de um ano depois.

Recordo-me, que Couceiro entra e traz com ele Carlos Manuel para treinador... que se revelaria desastre absoluto. E com esse desastre, Couceiro sairia pouco tempo depois e se a memória não me falha, com algum reboliço... como é apanágio em Alvalade.

Ora, à primeira impressão, honestamente, não compreendo esta alteração na estrutura. Se fizer um esforço, talvez consiga vislumbrar a intenção do Presidente. Com a sua imagem debilitada, Bettencourt, entende que tem de sair de cena. Ele, que tem estado desde a sua eleição, sempre na linha da frente, pronto a acudir a todos os incêndios, umas vezes bem, umas vezes mal. Aparecer um Director Geral para o futebol, remete Bettencourt para a "sombra" por forma a dedicar mais tempo à recuperação do clube em outras áreas para além do futebol. Estão a chegar novos desafios na vida do clube. Novo Pavilhão, recuperação da massa associativa, enquadramento das modalidades na nova realidade financeira e estrutural do Sporting. O futebol, terá aprendido Bettencourt, é uma autentica máquina de triturar e ele próprio já sentia as lâminas a rasparem-lhe nos pés.

Desta forma, deixa o trabalho, a estratégia, as apostas e o desgaste para um novo elemento, tirando assim, um coelho da cartola... resta saber se o coelho é um daqueles sempre com genica para procriar, ou se vem já com a "malina", doença fatal, que pouco tempo de vida dá aos coelhos.

Mas, a pergunta que me assola é, mas então que papel está reservado para Costinha? Como funcionará esta dupla? Existirá sintonia? Há um plano? Falarão a mesma língua? Terão claros o papel de cada um e entenderão de forma objectiva o organograma que será apresentado esta quarta feira?

Vamos aguardar... mas confesso que, para já, esta medida deixa-me com algumas dúvidas quanto à sua eficiência.

Mas, dou o benefício da dúvida. Há por essa Europa fora, muitos clubes de grande representatividade, que têm um organograma para o futebol semelhante a este que Bettencourt quer impor no Sporting. E não é preciso ir muito longe. Real Madrid é um desses casos, tendo com Director Desportivo o Miguel Porlan (numa posição onde está Costinha no Sporting) e tem Manuel Redondo como Director Geral. O Real tem ainda o Director Jorge Valdano que faz o papel de responsável máximo do futebol, respondendo apenas a Florentino Perez - papel que julgo caberá a José Couceiro.

É a estrutura ideal? No Real Madrid tem dias... como será em Alvalade?
2010 chega ao fim. Foi terrível. Dos piores que me lembro.
Como será 2011?

Espero que Couceiro tenha uma entrada de Leão e ilumine a esperança Leonina dando mostra no seu discurso de posse, aquilo que o universo Leonino precisa de ouvir e sobre tudo... acreditar.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

2010: Um Ano para reflectir.



Estamos no final de mais um ano civil e comecam os balanços para os melhores, piores do ano. No Sporting, resume-se o balanço a uma palavra: miséria futebolística!

2009 não foi famoso, chegámos aos oitavos de final da Champions League, no final de 2008 e por aí ficámos no que a bons resultados diz respeito ao futebol profissional do Sporting. E é do futebol profisional do Sporting que vou escrever.

2009, começámos com a eliminação traumática na champions contra o Bayern de Munique, perdemos a Taça da Liga para as galinhas na célebre Taça Lúcilio Batista... e desde esse momento foi sempre a descer. Paulo Bento, desgastado vê uma bancada cada vez mais contra ele. Bettencourt ganha as eleições, renova com Bento que não consegue o apuramento de novo para a champions por causa de uma arbitragem escandalosa em Alvalade contra italianos do Génova. Um mau começo de época - por contra posto com um ínicio de época das galinhas de JJ alucinante - coloca Paulo Bento na mira da bancada Leonina que... sem piedade, o empurra para fora de Alvalade.

O final de 2009, deixa adivinhar um longo calvário para o ano seguinte.

Não estava errado... 2010 não podia ser pior. 2 treinadores - Carvalhal e Paulo Sérgio - 3 directores desportivos - Sá Pinto, Salema e Costinha - goleados no Dragão para a Taça de Portugal, goleados em casa frente ao galináceos na meia final da Taça da Liga. Venda para um rival do nosso capitão por metade da clásula de rescisão, venda ao clube italiano que nos tirou a champions de 2009 de outro jogador da Academia, também por metade da clásula de rescisão. Arredados da luta por 2 títulos em menos de 12 meses e nova eliminação da Taça de Portugal 2010 / 2011. A juntar a este descritivo sucinto, provavelmente a média de espectadores mais baixa de sempre no estádio de Alvalade e a maior contestação registada na blogo-esfera, redes socias e afins, onde se dispara em todos os sentidos sem saber muito bem a que alvo apontar realmente. Não me recordo de um ano tão mau de Sporting e já levo 37.

O que podemos salvar deste ano? Do futebol? Por mais que me esforce, não consigo salvar nada.

Sinto-me triste. Ver o jogo do passado Sábado, contra o Setúbal e aceitar a eliminação com um encolher de ombros, foi para mim bater no fundo.

De quem é a culpa? Sejamos honestos: é minha, nossa... é todos os Sportinguistas. Ninguém, que viva o Sporting de Alma e Coração, pode estar isento de culpa. Por todos os motivos. Somos todos culpados. Somos uma família destroçada, zangada, amargurada, fraccionada, desnorteada e sem remédio à vista. Só estamos ligados por 1 único motivo: este nosso Grande Amor que se chama Sporting Clube de Portugal.

Problemas, mais que muitos. Soluções? Cada cabeça sua sentença. De tudo o que tenho reflectido, espremido, lido, ouvido, mastigado e amargado, só sobra uma única pergunta: como chegámos até aqui?

Esta é a pergunta que marca a minha actualidade leonina. Esta é a pergunta que mói a minha Alma, que não morre, mas dói. Todos os dias. Venho a este espaço de reflexão, quero escrever, deitar fora a mágoa, descarregar em A, B, C todas as culpas. mas acabo por sair, sem escrever uma única palavra. E acreditem, o meu silêncio, castiga-me mais do que qualquer fácil verborreia, contra ou a favor da corrente instalada na web.

Nestes ultimos anos, tenho pautado o discurso por uma linha definida no seguinte contexto: O Sporting precisa mais de nós do que qualquer um de nós imagina.

A foto postada em cima, mostra 3 responsaveis pelo actual momento do futebol Leonino. É sobre eles que recaem 90% das criticas expressa por todos. Com mais, ou menos razão, é certo que efectivamente têm responsabilidades do ano miserável que estamos a terminar. Mas não são os únicos... pois ainda correm pelos corredores de Alvalade, algumas ratazanas que se estão perfeitamente nas tintas para a bola que entra ou bate no poste, desde que continuem a ser cumpridas "as garantias".

Pede-se a cabeça do Presidente, do Director para o Futebol, do Treinador... mas friamente, alguém acredita que a saída destes, ou a entrada de outros, vai mudar este cenário?

Será que sem perceber o que realmente nos trouxe até este estado, sem compreender onde estão os erros cometidos e porque foram cometidos, mas de forma profunda, séria, sem clivagens de facções, de forma transparente e objectiva, vamos conseguir sair deste cenário?

A política da terra queimada será a solução? Na minha opinião não. Então mas o actual estado deve continuar? Não.

Que solução então?
Esforço, Dedicação, Devoção e Glória.

A solução do Sporting está no significado destas 4 palavras em toda a sua extensão. E só quando, toda a familia compreender em sintonia o seu significado e o aplicar a favor do Sporting sem estar contra este ou aquele, é que encontraremos outra vez o caminho que levou este clube ao lugar de maior potência desportiva nacional e uma das maiores do mundo.

Quero muito encerrar 2010 e esquecer rapidamente os resultados da equipa de futebol. Pressinto no entanto que 2011 não vai ser fácil.

Uma coisa deixo clara, comigo, a equipa e o simbolo que transportam ao peito nunca caminhará sozinha.

Sempre Sporting.



Coração de Leão