domingo, 10 de outubro de 2010

Unidos Venceremos. Divididos Morreremos.


Nas últimas semanas, o meu silêncio por aqui tem apenas uma razão... reflectir sobre de que forma posso ajudar o Sporting a ultrapassar este já longo momento de agonia. Tenho feito uma reflexão profunda e ao mesmo tempo tenho lido o que escrevem outros consócios em outros blogues e fóruns do e sobre Sporting. Os tempos, praticamente desde à 2 anos para cá, apenas nos tem trazido dissabores. A vários níveis. Mas onde dói mais é na prestação da nossa equipa sénior no rectângulo de jogo. Ninguém sai ileso. Todos temos responsabilidades. Eu, tu, nós todos... que amamos este clube de forma inequívoca e que sofremos por causa desse mesmo amor.


Há um estranho fado que nos envolve... provocado apenas e só por lutas palacianas, que continuam e vão continuar a fazer mossa na Alma Leonina. Honestamente estou farto. Farto de um núcleo de pouco mais de 50 ou 60 pessoas que apenas ambicionam protagonismo a qualquer preço à custa das desgraças do clube. Tudo o que é bom no Sporting é para queimar e depressa.


Por exemplo... Paulo Bento. À 1 ano atrás escrevi este post. Vítima da cegueira futebolistica, da falta de visão, de paciência, da lógica e... da inteligência da bancada leonina, a saída de Paulo Bento é para mim um exemplo claro de um clube que não quer mais do que viver enclausurado numa espécie de "gaiola das malucas". Um ano depois, Paulo Bento ai está. Já é o maior. Todos aqueles que lhe roeram as cordas pelas quais estava pendurado em Alvalade, todos aqueles que lhe minaram o caminho que traçou para o clube, todos aqueles que lhe "cuspiram" na cara através de televisões, jornais e rádios... hoje remetem-se ao silêncio, querem passar despercebidos, soltando entre murmúrios... é o homem certo para a selecção. E de todos esses ainda há um núcleo de "putas" dos microfones que de sorriso largo - um ano depois de o terem queimado permanentemente durante longas semanas vão vomitando pérolas como esta e outras que estão para chegar de gentinha como Rui Santos, Alexandre Pais, João Gobern, Vítor Santos, João Querido Manha, Nuno Luz e outros tantos, que, numa de apenas quererem ver o Sporting a arder, contribuíram para a "queimada pública" que em 2008 e 2009 apenas tiveram 1 alvo: Paulo Bento.

Paulo, que chegou à selecção, quanto a mim numa escolha óbvia, não fez mais nada do que aquilo que lhe conhecemos. Sem truques, experiências, colocou uma equipa esfrangalhada a jogar à bola, com uma equipa claramente "verde & branca" de alma, escola e futebol. E falharam Liedson e Miguel Veloso. Fora do Sporting, Paulo Bento será apoiado por todos. Não terá capas diárias a "queimá-lo" a torto e a direito, não terá sketchs de gozo dos Gato, não terá blogues dedicados a única e exclusivamente ofender um homem, que ao leme do futebol do Sporting... era perigoso para quem não gosta do Sporting. E nós... nós... fomos tão bem manipulados.

Alguns que vão ler este post, irão pensar - foda-se, lá está este gajo a falar outra vez do Paulo Bento.

Sim, escrevo novamente sobre o Paulo Bento pela razão simples de que o que aconteceu à um ano atrás é sem dúvida nenhuma uma excelente imagem do que é o Sporting dos nossos dias. Deixa-se morrer com o veneno que nos atiram para dentro do estádio sem que se encontre um antídoto para combater este estado.

Tudo está encadeado. Estrutura e futebol. Quando o futebol vai bem ataca-se o treinador. Quando a estrutura está bem ataca-se a estrutura. Para os nossos adversários só é necessário que exista confusão. Quando não existem, esses mesmos adversários colocam em "campo" (nos media) os seus "pontas de lança" que vão com certeza desestabilizar o suficiente para que andemos todos à cabeçada internamente... como vai com certeza acontecer na assembleia geral da próxima quarta feira.

O que nós, sportinguistas não sabemos ver, é que existe uma doutrina de que no futebol em Portugal só pode haver 2 grandes. Só 2 é que podem repartir receitas da publicidade, repartir atenção nos media, só 2 é que podem beneficiar de acordos com a banca. O mercado em Portugal já não se permite a dividir com 3. Direitos televisivos, publicidade, champions, bilheteiras, capas de jornais, bons jogadores... a crise já só permite luxos a 2 e não a 3. Só há espaço para 2.

Um Sporting forte atrapalha essa doutrina. De forma que o melhor é matar qualquer hipótese de recuperar o seu estatuto entre os grandes. Somos um alvo fácil. Tornámo-nos num alvo fácil. E a minha tristeza é ver que poucos conseguem vislumbrar internamente esta realidade.

Matar a alma Sportinguista é agora o objectivo número 1... e não é preciso grande esforço. Nós próprios daremos esse golpe final. Acabar com a academia, destruir o nosso orgulho leonino, deixar o estádio às moscas, arrinar qualquer ponta de fé... deixarem-nos "entretidos" com as nossas lutas palacianas até à morte, é o desejo e estratégia dos nossos adversários.

Os exemplos estão lá... José Roquette? Corremos com ele. Inácio? Corremos com ele. José Mourinho? Nem o deixámos entrar. Fernando Santos? Corremos com ele. Dias da Cunha? Corremos com ele. José Peseiro? Corremos com ele. Soares Franco? Corremos com ele. Paulo Bento? Corremos com ele. JEB? Vamos correr com ele. Paulo Sérgio? Vamos correr com ele.E o próximo treinador? Vamos correr com ele. E o próximo Presidente? Vamos correr com ele. E o Orgulho e Alma Sportinguista? Vamos acabar com ela.

Quando é que isto acaba?

Quando é que alguém vai gritar "Unidos venceremos. Divididos morreremos!"

Alguém que o faça porra! Somos a maior potência desportiva nacional e uma das maiores europeias. Somos um clube centenário. Temos uma história. Uma bandeira. Um símbolo. Um lema. Não haverá entre nós um "Lula da Silva"?



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