terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Assunto arrumado... para já.




Surge mais uma boa notícia nesta quadra natalícia. O guarda redes Sérvio foi emprestado ao Wigan até ao final da temporada. Por outras palavras, o inevitável aconteceu.

Já o tinha escrito anteriormente que este homem - não o jogador - não interessa ao Sporting, ao plantel e muito menos à massa associativa. Quando da saída de Paulo Bento, ouvi e li muitas vozes leoninas de que era hora de dar o lugar da baliza ao Sérvio, mas alertei para o facto de que, o carácter do Guarda Redes Sérvio não serve os interesses do Sporting nem do que a instituição representa.

Stojkovic, foi um dos cancros de Paulo Bento, em grande parte, também responsável pelo que de menos bom se fez nesta primeira metade da época. Desta forma, mesmo com a saída da anterior estrutura da SAD e a entrada dos novos elementos, a avaliação sobre este jogador foi a mesma e nem Carlos Carvalhal lhe deu hipótese de pisar o relvado em jogos desde que chegou ao Sporting.

Nada mais a acrescentar. Assunto arrumado. Vai para o Wigan - sabe-se lá se por ali fica - 5 meses e depois terá o Mundial de África, onde eventualmente poderá surgir um interessado que o leve para bem longe de Alvalade.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Sinama Pongolle no Sporting.


Sinama Pongolle, Francês de 26 anos, ponta de lança do Atlético de Madrid foi, segundo a agência lusa contratado este Sábado pelo Sporting. Aguardo confirmação através de Comunicado pela CMVM para se conhecer mais detalhes desta contratação - a 3ª deste defeso - que num primeiro olhar me parece ter sido bastante positiva.

Sinama Pongolle é um dos jogadores que se enquadra perfeitamente dentro de perfil que eu tinha "desenhado" para as contratações deste defeso.

Vamos aguardar pela confirmação oficial. Fica no entanto o sublinhado para a 2ª operação do Sporting bastante discreta. Isso signofoca trabalhar bem.

Sinama Pongolle, foi alvo de polémica no passado mês de Outubro em Madrid, quando afirmou sem rodeios que o plantel do Atlético de Madrid era o pricipal responsável pela estado actual da equipa, sublinhando que a saída de Abel Resino - treinador que foi entretanto substituído por Quique Flores - nada iria resolver no futebol do Atlético porque, nas palavras do mesmo "esta merda continua no seio da equipa".

Ora, estamos na presença de uma personalidade que não alinha em "merdas" no seio do plantel, o que me parece bem, uma vez que precisamos é de jogadores que se preocupem em jogar à bola e não em arranjar "merdas" no balneário.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Primeira Contratação de Peso.


João Pereira contratado pelo Sporting para as próximas 4 épocas e meia.

O Sporting pagou a cláusula de rescisão no valor de 3 Milhões de Euros e coloca o jogador a partir de hoje às ordens de Carlos Carvalhal.

Na minha opinião, é uma Excelente contratação. Na forma em que o jogador se encontra actualmente, tem no lugar no 11 até só com uma perna. É um jogador que vai lutar pela presença no Mundial com a Selecção e que na minha opinião bem o merece.

Nesta, acertámos de caras.


Comunidade Leonina elege Blog Sportinguista do Ano



Site de Apoio http://sportingapoio.com/ lança o desafio à comunidade leonina de eleger o melhor blog/site sobre o sporting do ano. Estas eleições são sempre simpáticas, apesar de o Sportinguismo não poder ser medido pela qualidade - ou falta dela - na concepção de um site ou blog web. Mas, ainda assim, cultiva o sentido leonino em defesa de uma causa - desportiva é certo - maior que se chama Sporting Clube de Portugal.


O Sempre Sporting alinha nesta votação - se o permitirem - sem grandes expectativas uma vez que é ainda um espaço recente e que pretende apenas lançar a reflexão sobre o dia a dia Leonino nas suas mais variadas vertentes. Boa sorte a todos e... não percam o sentido verdadeiro do que é ser Sporting. Saudações Leoninas.

Eu tinha avisado...


No post que publiquei na análise ao jogo contra o União de Leiria eu tinha dito sobre Liedson que, ou era impressão minha ou Liedson ia se "lesionar" muito em breve. Pois a resposta está dada. O Levezinho foi operado esta noite, submetido a uma artroscopia ao joelho esquerdo,com o objectivo de debelar uma lesão meniscal que à muito incomodava Liedson. Para os mais atentos, Liedson não estava a carburar a 100%. Aliás sinais disso mesmo foram alguns movimentos que o jogador não fez como é seu hábito, nomeadamente na execução de pontapés à baliza e nas rotações efectuadas quando estava de costas para a baliza. A impulsão de Liedson para os lances de cabeça também
não era normal. Menos força na impulsão, em vários lances davam sinais de que algo não estava bem com o 31.

E ontem à noite confirmou-se. Aproveitando a paragem no campeonato, Liedson foi à faca. E tudo aconteceu sem ser pré anunciado em grandes parangonas. Foi bom assim, escusando assim de levantar o pânico, mas será inevitável a paragem de Liedson por um período de 6 semanas no mínimo, o que retira Liedson dos seguintes jogos: Braga (Taça da Liga) Leixões (Liga) Leiria (Taça da Liga) Nacional (Liga) Trofense (Taça da Liga) Mafra (Taça de Portugal) Braga (Liga) Académica (Liga). Ou seja, num mês decisivo para a Taça da Liga e Campeonato, vamos estar privados da nossa estrela mais brilhante.

O lado bom será ter Liedson na Máxima força contra Everton e no último terço do campeonato. Melhor ainda, ter Liedson na máxima força para representar a Selecção Nacional no Mundial de Futebol na África do Sul.

Mas, urge definir quem será o reforço da linha atacante do Sporting, uma vez que actualmente só vamos ter Helder Postiga - que ainda não marcou um único golo em jogos oficiais esta época - Carlos Saleiro e Yannick Djálo - ainda a recuperar de lesão, mas que tudo indica poder regressar à competição já em Janeiro.

Caicedo será dispensado - embora o Man. Citty não o queira de volta - deixando assim uma ou duas vagas para a linha avançada do Sporting. Vamos ver o que Janeiro nos trará a este nível.

Quanto a Liedson, era inevitável esta paragem. O Levezinho não estava bem, jogou em esforço os últimos jogos, nomeadamente aqueles em que praticamente esteve sozinho na frente de ataque leonino, sendo a prova disso mesmo o fraco registo de golos nesta época, que não são condizentes com a classe e a eficácia do 31.

Ficam os votos de rápida recuperação e um regresso em força em Fevereiro onde precisaremos e muito de um Liedson ao seu melhor nível.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Naval 0 Sporting 1 - Futebol de Praia sem Arte.


Foi na belíssima praia da Figueira da Foz, num areal com alguma erva - que prejudicou imenso a elevada técnica dos praticantes - que se disputou o último jogo de 2009 para Naval e Sporting, a contar para a 14ª jornada da Liga Sagres. Noite gelada, com pouco mais de 100o espectadores num dos mais desconfortáveis estádios da Liga portuguesa.

Ganhou o Sporting. Golo de Carlos Saleiro, premiando Carlos Carvalhal por ter regressado a um sistema de 2 avançados. Foi também o culminar de 2 boas exibições para Carlos Saleiro - Berlim e agora na Figueira. De possível dispensado, talvez tenha agarrado a titularidade. E neste momento merece! Merece porque corre, porque pressiona, porque cria oportunidades e parece ser neste momento o melhor parceiro para Liedson. Quem sabe, se fosse titular desde cedo nesta época se não estariamos um pouco melhor classificados.

O Sporting ganhou este jogo e ganhou bem. Mereceu a vitória mais pela atitude e garra demonstrada ao longo dos 90 minutos do que necessariamente pelo futebol praticado, num terreno impróprio para técnica e futebol espectáculo. O Sporting voltou às vitórias depois de 2 derrotas muito amargas - Leiria e Hertha - que me deixaram muito desanimado para o que falta desta época. Mas, na Figueira, vi a equipa jogar com mais cabeça e determinada em vencer o jogo fosse a que preço fosse. Mas... não deixa de ser sintomático que a vitória regressou com o regresso do sistema 4x4x2, um pouco mais clássico do que em losângulo, com o meio campo entregue a Adrien e Moutinho com Veloso e Ismailov mais pelas laterais quando a equipa defendia e com Ismailov em diagonais para o meio quando a equipa atacava. Mas foram varias as vezes que o losângulo marcou presença, com Moutinho a subir para a posição 10.

Um Sporting que encontrou uma Naval muito bem desenhada em campo, a praticar o futebol possível num piso muito difícil. Inácio transformou de facto esta Naval para uma equipa muito mais competitiva e ambiciosa, com bom pulmão e com automatismos muito interessantes. Não foi à toa que iam arrancando um empate na Luz e arrancaram mesmo em Braga.

Mas, na análise que fiz do nosso jogo, pareceu haver muito mais querer do que poder. Faltou arte, faltou uma atitude mandona no jogo e faltou ainda força pressionante e clareza no ataque. Para não falar que, lances de bola parada continuam a ser de uma nulidade absolutamente medíocre - com excepção a um livre de Miguel Veloso, bem ao seu jeito - principalmente em cantos e livres laterais.

Carlos Carvalhal deu a mão à palmatória e num jogo em que era imperioso ganhar, optou pelo conforto de um sistema que a equipa já conhece de olhos fechados e senti a equipa a jogar muito mais confortável e segura. No entanto, continuam lá todas as fragilidades que nos têm acompanhado nesta época. Fracos defesas laterais, meio campo sem criatividade e pouco envolvimento no ataque. Muitos passes perdidos, muito jogo atabalhoado. Mas com o tempo avançar o Sporting até melhorou e terminou com 3 ou 4 ocasiões para golo, com defesas do guarda redes do Naval muito boas, impedindo que a equipa leonina fosse para o Natal com um resultado mais gordo.

É uma vitória - e é sempre bom sair para uma pausa a ganhar - que fecha um ano negro na história do Sporting. Agora, campeonato só regressa no fim de semana de 8 e 9 de Janeiro o que nos permite respirar um pouco e ganhar folêgo para a 2ª metade da época onde esperamos mais dignidade, esforço, empenho e melhor futebol em todas as frentes que vamos disputar. Com reforços? Espero que sim, de preferência de qualidade.

Rui Patrício - Nada a apontar neste jogo. Seguro, calmo, estava lá quando foi chamado a intervir.

Grimmi - jogo mais conseguido que os 2 anteriores. Mas continua a efectuar muitos charutos para a frente sem nexo algum. Esta pausa não lhe vai fazer bem...

Tonel - Fez um bom jogo. Muitas vezes também recorreu ao charuto para a frente. Não consegue sair a jogar com a bola pelo chão. A defender esteve bem, principalmente nas bolas aéreas. No jogo ofensivo não esteve tão bem.

Carriço - Concentrado, esforçado, saiu mais vezes a jogar, mas de forma inconsequente. No entanto continua a amadurecer e temos ali um dos próximos líderes do nosso plantel.

Abel - não vou tecer comentários. Estou profundamente desiludido com ele, e neste momento não consigo fazer uma análise fria e justa. Tudo o que o vejo fazer me parece terrível. E depois enerva-me o facto de querer fazer sempre os lançamentos laterais. Mas ele tem algum mestrado em lançamentos da linha lateral? E até nos lançamentos consegue falhar o óbvio.

Adrien - ganha minutos nas pernas e parece-me que Carvalhal gosta dele. E o que me parece também é que está ali um verdadeiro trinco. Enche o nosso meio campo defensivo e só precisa de mais calma e clarividência no lançamento do jogo ofensivo. Tem de evitar algumas entradas a destempo.

Moutinho - já o disse. Precisa de parar. Está em má forma. Emperra o jogo da equipa e o número de passes falhado é anormal para o seu futebol. Na frente pouco envolvimento e o remate sempre disparatado. Vi no entanto, na segunda parte, Moutinho em auxilio dos 2 pontas de lança pressionando a defesa do Naval quando esta queria sair a jogar.

Veloso - fez um bom jogo. Na medida em que o piso o deixo. Bons passes de meia distância, bom envolvimento nas acções ofensivas e melhor na marcação de cantos. Quase marcava na transformação de um livre directo.

Ismailov - continua a ganhar minutos. Mais presente no jogo, mas demasiado agarrado à bola, o que permitiu quase sempre o desarme pelos adversários. Tentou o golo, mas terá de o fazer com maior expontaneadade. Esta paragem também não lhe fará bem.

Liedson - esteve presente no jogo como sempre nos habituou e com mais futebol nos pés, mais objectivo e com alguém a seu lado na área. Só assim Liedson faz sentido. Contra a Naval tivemos um cheirinho do Liedson que conhecemos. Tem de entrar em 2010 com o pé quente. Precisamos (todos) que seja um grande ano para o levezinho.

Saleiro - conquistou hoje toda a minha atenção. É um ponta de lança que pode fazer a diferença no futuro. Tem o cheiro do golo sempre presente e é um lutador. Marcou o golo que acabou por ditar a vitória e provavelmente a estadia no plantel para 2010. Tenho a sensação que pode ir longe se acreditar nas suas capacidades e se empenhar em transformar-se numa referência no ataque.

Postiga - Fez um bom quarto de hora e esteve bem ao lado de Liedson. Poderia ter marcado e ainda fez assistência magnifica para Adrien desperdiçar.

Pereirinha e Matias - entraram só para queimar tempo. Queimar tempo? Em tempo de guerra não se limpam armas.

A terminar sublinho o grito de guerra no final do jogo, como que a descomprimir uma tensão que já vai longa e dolorosa. Todos os jogadores têm de acreditar que 2010 não pode ser um ano igual ao de 2009. Tem de ser em tudo melhor colocando já na cabeça que daqui a um ano temos de ser nós a virar o ano em primeiro lugar.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Hertha Berlim 1 Sporting 0 - Como é que é possível?



Como é que é possível? O Sporting perde em Berlim com um Hertha que no campeonato alemão só tem 1 vitória em 16 jornadas. Perdemos com 1 Hertha que simplesmente não sabe jogar à bola. Revisto jogo - para o bem e para o mal os dvr´s do serviço cabo são excelentes para revermos os jogos com mais atenção - é de levar as mãos à cabeça de desespero.

E mais desesperantes são as palavras de Carlos Carvalhal que se dá ao luxo, depois da derrota com os cepos alemães, dizer que gostou da exibição da equipa e que praticámos um futebol interessante.

Mas será que o frio congelou-lhe as ideias? Eu não vi o Sporting a jogar bem. Não vi mesmo. Vi uma equipa a trocar a bola, sem ritmo, sem pressionar, sem desmarcações, sem passes de ruptura apenas 2!!!) sem sequer estar interessada em marcar um golo. É uma tristeza ver o Sporting a jogar assim.

Entrámos, uma vez mais com a equipa desenhada em 4x2x3x1, com várias alterações áquele que me parece ser o melhor 11 do momento. Grimmo, Pedro Silva, Tonel, Adrien, Pereirinha e Saleiro foram as novidades. Destes, para mim, apenas Saleiro conseguiu marcar presença séria no jogo, embora de forma desesperante ao ter que lutar sozinho na maioria das vezes contra 4 torres alemãs que sendo todas elas autênticos troncos de madeira conseguiram sempre controlar o abandonado ponta de lança leonino.

A defesa é um aí nos acuda. Se contra estes jogadores, cada vez que a bola entra na nossa área é o pânico imaginem quando nos calhar um qualquer tubarão europeu?

O meio campo simplesmente não existe. Adrien, Moutinho, Ismailov, Matias, Pereirinha não se entendem. Passes, trocas de bola, para os lados, para trás, pouca movimentação, com a necessidade de trocar a bola "50 vezes" antes de a conseguir colocar no último terço do terreno. Não houve ideias no futebol do Sporting. Vejo e revejo lances onde se dá a entender que pura e simplesmente a bola está a mais. Moutinho fez uma exibição confrangedora. Adrien continua a falhar 1 passe em cada 3 que faz. A defesa valeu por Tonel e Carriço, pois Pedro Silva e Grimmi... não têm neste momento performances para jogar no Sporting.

Ismailov vai ganhando ritmo. Saleiro lutou... sozinho, mas lutou. Tentou puxar a equipa. Tentou segurar a bola. Mas quando o fazia a equipa estava 30 metros atrás e inevitavelmente ou perdia a bola rodeado de alemães, ou tinha de efectuar passes longos para trás. E sempre que tinha de o fazer fugia para as laterais ficando a área adversária completamente tranquila.

Agora pergunto... que futebol é este? Que jogo é este? Onde estão as melhorias que se exigiam depois da saída de Paulo Bento? O que se passa com estes jogares? O que vai naquelas cabecinhas?

O golo sofrido... é mais um anedótico. Um canto, bola aliviada para o sítio errado, Hertha volta a colocar a bola no jogador que marca o canto, não sai ninguém do Sporting na marcação desse jogador, novo centro... Abel marca o último alemão por... trás, Grimmi (?) pela frente e nenhum incomoda o jogador alemão que empurra devagar devagarinho a bola para a baliza de Patrício que apenas assiste a isto tudo impávido e sereno. Passa o tempo todo a gritar "SOBE! SOBE! SOBE!" "VAMOS CA#$&#O" ... e não passa disto. Cada bola parada é meio golo contra nós. Ao contrário, nos lances de bola parada, somos completamente inofensivos. Alguém se lembra de quando é que fizemos o último lance de perigo saído de um canto ou de um livro lateral?

Isto tudo entra numa ideia cada vez mais clara sobre o futebol do Sporting. Os jogadores chave da equipa - Moutinho, Veloso, Matias, Ismailov, Vuk, Liedson - não estão em sintonia com Carlos Carvalhal. O motor da equipa, que não funcionou ainda esta época, está definitivamente gripado, e como não tem apoio das laterais - ineficácia futebolística total - não consegue ter nos centrais um único rasgo ofensivo e tem um ponta de lança perdido sempre no meio de 4 defesas adversários, percebe que não poderá fazer muito mais do que isto.

Estamos assim condenados... a definhar longamente esta época até se reencontrar - sabe-se lá - o caminho para um futebol mais digno das camisolas do Sporting.

Tenho noção que provavelmente estarei a dramatizar em demasia - ou não - e a exigir muito de Carvalhal com menos de 2 meses à frente da equipa, mas, não estarei errado se disser que já todo o mundo percebeu que o Sporting não pode jogar com este sistema, como se o mesmo fosse aplicado numa equipa com menos ambições que o Sporting. Este sistema, só faz sentido com um futebol de pressão total, envolvimento dos laterais e com o trio do meio campo ofensivo colados ao ponta de lança, sendo que esse ponta de lança não se pode desgastar em correrias para recuperar bolas, nem fugas para as laterais. Tem de jogar essencialmente na área. Mas será possível afinar este sistema em tão pouco tempo? Não. Muito menos em competição. O ónus desta mudança é que com a falta de resultados o Sporting perde a fé, moral e auto-estima - que este ano ainda não a vimos - e fragiliza totalmente Carlos Carvalhal. É este o grande risco que se coloca na eminência de o Sporting poder realizar uma das suas piores épocas de sempre.

Este eram os riscos que estavam agarrados à troca de treinador. Uma troca destas só poderia ter melhores resultados no final de uma época. quando os jogadores de cabeça limpa e com os devidos reforços poderia abraçar um novo treinador e um novo sistema de jogo sem problemas. Por isso nunca defendi quer com Peseiro, Inácio e Paulo Bento os despedimentos que a bancada exigiu. E este ano exigiu muito mal. No Timming errado. E nunca mais aprendemos.

Vem aí mais uma paragem. Carvalhal ganhará mais algum tempo para construir o que deseja para o futebol do Sporting. Urge colocar a equipa a jogar mais e melhor futebol e acreditar que é possível recuperar lugares na liga e lutar pelas competições onde ainda estamos presentes para lá da Liga.

Acabou agora o sorteio da Liga Europa e no sorteio para os 16 Ávos de final vamos encontrar o Everton, 2 vezes derrotado e bem pelo Benfica. Não imagino que possamos ser eliminados por uma equipa inglesa que este ano também tem andado pelas ruas da amargura.

Uma questão que deixo no ar é... onde estão os resultados do efeito Sá Pinto? Eu acreditava que esta nomeação pelo menos levasse mais agressividade para o plantel, mas até agora ainda não senti mudança nenhuma.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Quantos dias faltam?

Acabou agora mais 90 minutos de vergonha, miséria, pobreza e azelhice de um grupo de rapazes que se acham dignos de vestirem a nossa camisola.

Perdemos contra o último classificado da liga Alemã. Perdemos contra um Hertha que ainda não tinha ganho um único jogo na Liga Europa.

Sinto-me humilhado. Não merecemos isto.

Quantos dias faltam para acabar esta época? Quantos dias faltam para sairem jogadores como Abel, Pedro Silva, Grimmi, Patrício? Quantos dias faltarão para Carlos Carvalhal voltar a treinar clubes à sua dimensão com este sistema que está a matar o que resta do Sporting?

Virão bem este jogo? Até os cepos nos ganham.

Estou profundamente lixado. Não à relvado, chuva, neve, meteoritos que desculpe isto.

Este post é só um desabafo. Farei a análise ao jogo mais tarde.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Gastar o que tiver de ser??

Caro Presidente, gastar o que tiver de ser? O que tiver de ser? Não. Gastar apenas... o necessário e bem.

Uma boa gestão não se vê pelo muito que se gasta mas sim como se gasta e a rentabilidade que se retira desse mesmo gasto.

Confesso que na minha opinião José Eduardo Bettencourt ainda não acertou com o sentido de discurso para com a massa adepta leonina e não encontrou ainda a sintonia de discurso que se deve ter nos orgãos de comunicação social. É que muitas vezes para que surjam nos media o sentido da palavra "verde", tem que dizer primeiro "amarelo" e "azul".

Em análise, Bettencourt erra ao dizer que vai "gastar o que tiver de ser" para reforçar a equipa no defeso de Inverno. Ou seja, 6 meses depois, o Sporting dá uma guinada de 180 graus no discurso. Ou seja, do "não temos dinheiro nem para mandar cantar um cego" passámos para "gastar o que tiver de ser". Pelo meio, perdemos um presidente com "sentido de estado" e um treinador que passou 4 épocas com uma equipa de tostões, que gerou alguns milhões, à espera dos mesmos milhões para reforçar o plantel.

Só pode estar tudo de cabeça perdida. Mas então é a gastar à parva que vamos resolver os nossos problemas no imediato? Eu acho que não. A equipa tem de ser reforçada, mas com 2 ou 3 jogadores no máximo. Já escrevi em post anterior qual o perfil de jogador que deve encaixar no actual plantel. Agora, desatar a comprar jogadores à toa só para que não se diga que "ainda por cima nem o plantel reforçaram" é de um erro estratégico que nos pode levar para um abismo ainda mais profundo do que aquele onde actualmente nos encontramos.

José Eduardo Bettencourt, deve antes de mais, assegurar a estabilidade do departamento de futebol e ajudar a solucionar, de cabeça fria, as nossas principais fragilidades. Quais? Simples: 1 tapete novo para Alvalade - imediatamente! -dispensar 4 ou 5 jogadores que não têm lugar no Sporting e partir para o reforço numa linha inteligente e se pouca margem de erro.

Depois, será necessário olhar de imediato para a próxima época. Que Sporting queremos para a próxima época? Que filosofia de jogo, de jogadores, de pré-época, de preparação técnica e fisica, como proteger a equipa dos carnavais tipícos dos media no Verão e acima de tudo como dotar os jogadores de personalidade e capacidade psicológica para enfrentar de dentes cerrados todas as dificuldades inerentes ao arranque de uma nova época. Estas são para mim as prioridades do momento.

Não é com discursos inócuos do presidente que entraremos no rumo certo. E se Bettencourt quiser ir mais longe, porque não mover uma profunda reestruturação humana nos quadros do Sporting, que bem precisa, dotando de sangue fresco, vontade e inteligência para podermos evoluir no campo competitivo como instituição de respeito e credibilidade.

E em definitivo, afastar de Alvalade alguns "personagens" que estão muito pouco interessados nas vitórias (ou na falta delas) do nosso Sporting. Esses apenas desejam o cumprimento de um objectivo: o pagamento dos nossos compromissos financeiros... seja a que custo for.

Por isso, caro presidente, vamos acalmar, deixar a cabeça arrefecer e pensar no futuro, sem tirar os olhos do presente, não pondo em risco a próxima época só para tentar salvar a actual a qualquer custo. Seria para mim uma atitude de maturidade admitir que batemos no fundo e que vamos começar do zero com o objectivo de na próxima época levar o Sporting a uma disputa séria pelo título. Vamos servir-nos da actual época para preparar já a próxima. Se ganharmos nesta época alguma competição, é a prova de que estamos no caminho certo.

Não desperdice a credibilidade - a diminuir todos os dias é certo - que a grande maioria dos sócios do Sporting ainda têm em si. E se mesmo assim quiser gastar o que tiver de ser para reforçar a equipa, então comece por nos oferecer o seguinte quinteto: Casillas, Xavi, Iniesta, Fernando Torres e Fabrégas. Não nos traga mais pernas de pau. Obrigado.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Sporting 0 - Leiria 1: Septicemia Aguda.

Nota prévia: "A septicemia, sepse ou sépsis é uma infecção geral grave do organismo por germes patogénicos."

Ou seja, estamos a assistir a uma infecção generalizada no futebol sénior do Sporting, que se está a revelar fatal e da qual não se consegue descobrir a origem. Antibióticos precisam-se e rápido. Normalmente, em casos destes, os médicos costumam induzir o paciente em coma, pois a infecção provoca dor praticamente insuportável.

Assim, vai o nosso Sporting. Confesso que tive de deixar passar mais de 24 horas sobre o jogo de ontem para poder escrever mais a frio as minhas impressões sobre o jogo - se o tivesse feito ontem pela noite teria sido um texto absolutamente disparatado pela negativa.

Vivemos tempos dificeis, dolorosos e manifestamente angustiantes. Não se vislumbra no horizonte melhorias no futebol praticado a curto prazo. Muito menos no nosso estádio, onde a rábula do relvado já roça o masoquismo puro de quem não está minimamente interessado em contribuir para melhorias visiveis da prática de futebol. Cada um tem o que merece dizem alguns, mas, para nós sportinguistas não basta uma humilhante derrota prente uma inteligente União de Leiria, ainda temos que pagar para ver um jogo ao vivo num autêntico batatal. Que miséria de terreno - uma espécie de ervado para hipismo - talvez mesmo o pior da Liga actualmente.

Mas, avancemos para o jogo. Em primeiro lugar, ainda não consegui arranjar adjectivos negativos suficientemente criativos para descrever o mau jogo do Sporting. Em segundo lugar, como classificar desempenhos de jogadores como Abel, Rui Patrício, Adrien? É que considerá-los maus, não chega. Na minha opinião não chega. Abel está literalmente na lista dos piores laterais direitos da actual Liga Sagres. Mas, o ónus desta análise terá de começar evidentemente pela abordagem que Carlos Carvalhal fez ao jogo.

O Sporting entrou em campo com o sistema que Carvalhal tem trabalhado neste primeiro mês como treinador do Sporting. 4x2x3x1. Caneira, Polga, Carriço e Abel na linha defensiva, Veloso - de regresso à sua posição natural - e Moutinho como trincos. No meio campo, Ismailov, Matias e Vuk e Liedson como ponta de lança. Ao fim dos primeiros 5 minutos deu para perceber imediatamente que foi uma abordagem errada. Liedson demorou apenas 10! minutos a desesperar. Com este sistema, Liedson dificilmente terá a preponderância a que nos habituou. Sempre, mas sempre, demasiado só. E, se isto já é triste, ver Liedson a fugir para as laterais dando apoio à construção ofensiva, tabelar com Abel e este - estupidamente - a centrar para a grande área onde não existe ninguém é de um amadorismo ao nível do que se joga nas distritais.

Eu tenho memória de quando o Sporting, no tempo de Manuel Fernandes e Jordão, jogava apenas com um deles na frente a casa vinha literalmente a baixo. Era inadmissível ver o Sporting a jogar sem uma dupla atacante. Dou comigo, no estádio, a ver o meu Sporting, a jogar contra um Leiria apenas com 1! avançado e com 20 metros a separá-lo em permanência dos homens do meio campo leonino. Como foi possível chegar até aqui? A primeira parte foi... miserável. Dava pena ver Liedson permanentemente frustrado com o comportamento da equipa, que passou a primeira parte toda a jogar para os lados e para trás. Carlos Carvalhal, assistiu a 45 minutos sem a lucidez necessária para mexer logo no momento em que o Leiria marcou o seu golo - frango de Patrício - colocando a equipa a jogar com o sistema que conhece de olhos fechados - 4x4x2 losângulo.

Veio o intervalo e no estádio já se pressentia o que iria acontecer nos segundos 45 minutos. A equipa subiu ao ervado com o tal 4x4x2 losângulo. Vuk posicionava-se ao lado de Liedson. Entrava Pereirinha e Adrien, com Veloso a deslocar-se para defesa esquerdo e Matias e Caneira a ficarem no balneário. Efectivamente a equipa entrou mais pressionante, mais determinada e com os olhos postos na baliza adversária. Mas, cedo se percebeu que as mexidas não foram as melhores. Abel continuava a dar sinais de total ineficácia ofensiva.

Não teria sido melhor, deixar Abel de fora, entrar Pereirinha para o seu lugar, sair Matias e colocar Postiga ou Saleiro ao lado de Liedson? Deixar Veloso a trinco, Vuk na esquerda e Ismailov na direita e Moutinho a 10? Pergunto, não tinha mais lógica?

Depois, ao longo dos 90 minutos foram ecoando na cabeça de todos - a começar pelos jogadores - as palavras de Jorge Jesus sobre o terreno do Alvalade XXI, proféticas palavras... e o 11 de Leiria sabia melhor que ninguém disso mesmo. Não sei se houve muitos a repararem, mas na primeira parte, os jogadores leirenses arrancaram literalmente autenticos torrões de relva no meio campo defensivo do Sporting. Na 2ª parte aquele meio campo - para onde agora o Sporting atacava - parecia um qualquer pedaço de terreno não alcatroado em Bagdad.

Matias Fernandez não consegue simplesmente manter a bola colada à erva e sair a jogar com a bola totalmente controlada. Para um jogador de baixa estatura, cujo a técnica e o rasgo criativo são as suas pricipais armas, um terreno assim é fatal. A bola salta permanentemente, muda de direção cada vez que bate no chão... enfim, somos leões é certo, mas não precisamos de ter um terreno igual ao de uma qualquer savana Africana.

Carvalhal deve ter percebido o seu erro - espero bem que sim - pela estratégia escolhia para abordar este jogo. Já o tinha feito contra o Setúbal e o Heerenveen. Num marcámos logo ao início e ainda se disfarçou, no outro foi um suplício para sair do jogo com um ponto que nos assegurasse o primeiro lugar do grupo e a respectiva qualificação. Imaginem se tivessemos perdido contra os holandeses? Depois deste jogo iamos a Berlim com um credo na boca e com a onda negativa que nos assola, ainda ficávamos de fora da Liga Europa... o que seria escandaloso.

Quanto ao resto do jogo com o Leiria, foi, tranquilamente terrível... 2 oportunidades flagrantes falhadas - uma por Liedson e outra por Pereirinha - uma grande defesa do guarda redes leiriense a um fabuloso pontapé de bicicleta de Liedson e pouco mais. Nota-se uma falta de ideias gritante. O tempo que se perde com bolas para trás, para os lados, os momentos de indecisão dos passes, a falta de confiança, o desacerto das linhas e a má forma física de grande parte dos jogadores é irritante.

Patrício - toda a responsabilidade no golo do Leiria. Mas como é possível, num canto, a equipa adversária marcar um golo de cabeça na pequena área. Custou mais 3 pontos. Mas, como tem nos dado alguns nos útimos jogos não é justo crucíficá-lo.

Caneira - não percebi a sua saída. De longe, estava a jogar melhor que Abel e teria ido para a direita fazer melhor serviço do que o que lá estava se a ideia de Carvalhal fosse colocar Pereirinha num terreno mais ofensivo.

Polga e Carriço - foram dos menos maus na partida, mas é já anedótico, termos 2 centrais que não criam uma única oportunidade nos lances de bola parada. Vejo-os a correrem para a área em cada livre ou canto e pergunto-me: para quê?

Abel - de longe o pior jogador do Sporting neste momento. Não faz um lance de jeito. Centros disparatados, perdas de bola incriveis e quando se envolve em lances ofensivos é mais o que destrói do que o que constrói.

Veloso - tentou remar contra a maré, mas a sua sina estava traçada a partir do momeno quem que foi colocado na posição de defesa esquerdo. Foi dos mais inconformados, correu, recuperou bolas, mas na hora do remate houve desacerto e na marcação de livres, desastroso.

Moutinho - parecia recuperar a sua forma standard, mas neste sábado foi de uma nulidade a toda a prova. Teve uma ocasião excelente para fulizar a baliza adversária e saiu um remate completamente disparatado. Moutinho precisa de parar. Já!

Ismailov - o melhor de sábado. Jogou os 90 minutos. Acabou exausto, pois foi obrigado a correr mais que todos os outros médios juntos. A sua clarividência durante o jogo é tremenda, mas no meio de tanta nulidade, perde-se objectividade. Foi também muito prejudicado pelas condições do terreno.

Matias - mais vale não jogar em Alvalade enquanto o estado do terreno for o de uma autêntica savana Africana.

Vuk - regressou ao 11, depois de lesão, mas não foi feliz. Quer a bola nos pés, quer sair com ela jogável, mas, com tantos tufos de erva levantados não é possível jogar assim. Por ser um jogador mais pesado é frequente vê-lo também com as botas enterradas no areal. Foi uma péssima exibição na primeira parte, melhor na segunda parte, mas muito áquem do que já lhe vimos fazer.

Liedson - tenho um palpite de que se vai lesionar muito em breve...

Pereirinha - Entra bem, mas depois desaparece. No entanto com ele a equipa ganha mesmo mais profundidade. Á semelhança do jogo com o Setúbal, falha uma oportunidade de golo de forma incrível.

Adrien - a sua entrada foi desastrosa, passes errados, remates desconexos, ao fim de 6 minutos em campo vê logo um amarelo. Destrói o jogo do adversário mas não constrói o nosso jogo ofensivo.

Postiga - entrou tarde demais. Tenta desesperadamente fazer a diferença, mas quanto mais tenta mais complicado fica. As coisas para um ponta de lança têm de sair naturais e não forçadas.

Resumindo, de bom, o jogo com o Leiria só teve mesmo a hora a que começou. O ambiente estava muito bom... até começar o jogo. Alias, se não tivesse havido jogo tinha sido uma tarde bem passada em Alvalade.

Benfica e Braga empataram, mais uma oportunidade perdida de recuperar terreno para os líderes. Mas assim... bye bye.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Sporting interessado em Messi!!!


E já agora, também interessado em Fabregas (descontente no Arsenal), Luca Toni (de castigo no Bayern) e mais uns quantos espalhados pelas melhores equipas da Europa.

Depois desta introdução, digna de qualquer 1º de Abril, avanço para aquilo a que eu chamo o campeonato das luvas, empresários e redacções do orgãos de comunicação social.

Começaram esta semana as notícias que vão dar como certos no Sporting dezenas de jogadores. Depois das saídas de Ângulo, provavelmente Caicedo e mais uns quantos que provavelmente serão dispensados no final deste mês, urge, por parte da comunicação social dar voz aos rumores, às jogadas de bastidores e até aos desejos de alguns empresários em ver colocados no plantel do Sporting este e aquele jogador.

Está em marcha o Circo de Natal Futebolístico. É certo que o mercado vai reabrir. É certo que o Sporting necessita de reforços. Será verdade que Carlos Carvalhal tem alguns nomes em carteira e provavelmente a SAD do Sporting terá ainda outros negócios já iniciados. Até aqui tudo normal. O que não é normal é começarem a circular nomes em nome de... nenhuma razão. E o assustador é que os nomes que a comunicação social avança são na sua maioria assustadoramente tenebrosos. Para quê? Porquê? Em nome de quem??

Para o Benfica - que sofre do mesmo problema mas ao contrário - são anunciados dezenas de contratações... mas só de estrelas da constelação futebolística mundial - e depois lá vem um Fábio Faria de vez em quando - para o Sporting aparecem os mais improváveis nomes ligados a clubes que lutam pela permanência na Liga Sagres ou nomes que estão arredados da competição por um qualquer motivo.

Sem desprimor... Cristiano (Paços de Ferreira), Carlão (União de Leiria), Mexer (Internacional Moçambicano) e mais alguns que já circulam nas páginas dos jornais, não me parecem que possam ser as prioridades de um Sporting, que não tem efectivamente estofo financeiros para grandes contratações e salários elevados, mas que daí até andar a mendigar jogadores que não deslumbram por aí além vai um grande passo. Nessa perspectiva prefiro de longe que sejam dadas oportunidades aos Juniores que estão a rodar actualmente no plantel sénior, chamados para observação por Carlos Carvalhal.

Mas efectivamente é preocupante olhar para os nomes que a imprensa liga ao Sporting e não ver nomes de jogadores que actuam nos campeonatos principais europeus e que actualmente estão tapados nos 11 e alguns até nem convocados são e que o Sporting efectivamente deveria estar à procura.

Num ano que antecede o Mundial, onde todos os jogadores ligados a países que estarão presentes em África desejam se mostrar para entrarem nas contas dos seleccionadores, não será óbvio para o Sporting aprofundar o mercado de jogadores que esta época ainda não tiveram oportunidades nos seus clubes para virem jogar meia época ao Sporting com os olhos postos no Mundial. O Sporting não foi afastado de nenhuma competição, vai ter uma carga de jogos em Janeiro, Fevereiro e Março enorme, com a visibilidade da Liga Europa, não haverá jogadores interessados em procurarem a sua oportunidade com as cores do Sporting?

Querem nomes de jogadores que podem ser uma oportunidade nesta reabertura de mercado? Que possam vir por empréstimo? Estudem um pouco alguns planteis de equipas top europeias e vejam a quantidade de jogadores que estando tapados nos seus clubes dariam um enorme jeito ao Sporting em lugares actualmente desguarnecidos de qualidade.

Honestamente, não sei se o Scoutting do Sporting não estará no momento a estudar possibilidades dessas. Desejo que sim, mas que não se deixem influenciar pela má imprensa que temos a este nível de "lebres" para a reabertura do mercado em Janeiro. Por favor... mais jogadores medíocres Não!

O perfil de jogador que deveria ser objectivamente reforço de Inverno é composto por algumas destas características: suplente pouco ou nada utilizado no seu clube - falamos de um clube top europeu - cuja a sua nacionalidade esteja dentro das 32 presentes no Mundial e que este mesmo jogador aspire a uma presença nos pré-convocados da sua selecção. Terá de ser um jogador já com alguma experiência e que ainda se encontra numa idade compreendida entre os 22 e os 26 anos. Depois tecnicamente precisamos de jogadores que sejam rápidos, fortes no jogo aéreo, potência de remate, destreza no desarme, fisicamente possantes e que desequilibrem no 1 para 1... e sobre tudo, jogadores que rematem à baliza e bem de qualquer posição. Jogadores que procurem uma valorização e que desejam lutar por um lugar na sua selecção na viagem para a África do Sul em Junho do próximo ano.

Quanto ao mercado português julgo que neste momento só deveríamos ter olhos para 2 nomes: Nuno Assis e Rubem Micael pelas razões que já descrevi atrás. Quanto ao mercado nacional... até ao fim da época não queria mais nenhum nome no Sporting.

Concluindo, parece-me que se está a criar uma certa tendência para carimbar o Sporting actual de clube pé frio em contratações - o que não deixa de ser verdade - e pior ainda, um clube desinteressante para jogadores aspirantes à classe mundial de estrelas. E a comunicação social está diariamente e de forma subtil a cravar isso nos nossos olhos. Lançando cada vez mais nomes que não fazem sentido nenhum no futuro a curto prazo no Sporting. Até vos digo... só para lavar os olhos de tanta miséria, não me importava que a Bíblia do Desporto Nacional - A Bola - nos oferecesse uma capa com este título "Sporting interessado em Lionel Messi"... mais depressa passava um elefante pelo buraco de uma agulha, eu sei.

Por isso fiquem atentos aos nomes que vão lançar como potenciais contratações para o Sporting e por comparação o nomes que vão avançar para os outros clubes.

Como sócio, só peço à estrutura profissional do futebol do Sporting que seja mais convicto da sua grandeza e coloque de novo no rumo do Sporting jogadores com classe mundial ou aspirante a ela. De outra forma, perderemos o comboio da competividade e deixaremos com certeza de ser uma referência europeia para colocar jogadores.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Setubal 0 Sporting 2 - Ainda sem a Garra que se exige


Acabou por ser uma noite (in)feliz para as nossas cores, uma vez que somámos uma vitória para a Liga Sagres, algo que já não acontecia desde 20 de Setembro - e hoje é dia 7 de Dezembro! - recuperando assim 2 pontos para o Sporting de Braga, líder acompanhado por Benfica.

Mas foi uma noite que me irritou profundamente durante largos momentos do jogo. A entrada concentrada e segura da equipa que provoca o 1º golo da noite, num processo ofensivo raro - e que assinalei após o jogo com o Heerenveen - sublinhado por um passe de ruptura de Matias Fernandez que isola de forma magnifica Liedson que acaba por disparar ainda fora da área para as redes sadinas, sem hipóteses para Nuno Santos.

Após o golo ocorreram-me 2 raciocínios: 1º - hoje podia ser a noite que daria continuidade ao futebol apresentado contra o Benfica, vendo na garra de Liedson, apetite para vários golos ou 2º - vamos presenciar um jogo igual ao praticado contra os holandeses com a nuance de que na primeira oportunidade marcámos.

Após o final do jogo, que estivemos mais perto do meu 2º raciocínio. Após o golo, caímos na pasmaceira do costume. Muitos passes e trocas de bola na nossa zona defensiva, meio campo pouco esclarecido - apesar de hoje já termos experimentado mais rapidez na circulação de bola, mais vezes ao primeiro toque e um esticar o jogo mais até à linha de fundo. No entanto os centros e os passes para o centro da área foram na sua maioria inconclusivos. E novamente Liedson, a jogar só na linha da frente, demasiado abandonado pelo meio campo quando era necessário pressionar a defesa sadina. Houve 2 momentos de transição defesa/ataque bem desenhados com Ismailov, Matias e Liedson que tiveram o mesmo fim: Liedson trava o contra ataque por não ter apoio, obrigando-se a reter a bola, rodeado por defesas do Vitória até que chegassem os reforços. Há aqui 2 notas: o nosso meio campo é lento na saída para o ataque e Ismailov não tem ritmo, Miguel Veloso não tem velocidade "de ponta" suficiente para imprimir rapidez no contra ataque. Matias, que é quem inicia a transição, obviamente demora mais um pouco a chegar-se à frente.

Mas, o futebol por nós praticado, foi na generalidade lento, preguiçoso, ofensivamente fraco, com poucas oportunidades criadas, criativo em pequenos espaços - nomeadamente nos primeiros minutos da 2ª parte com Pereirinha a enquadrar-se bem nas triangulações clássicas do futebol leonino. Numa avaliação clara, jogámos melhor do que contra os holandeses, pior do que contra o Benfica. Salve-se a eficácia na primeira oportunidade, com Liedson a despertar a sua veia de matador, mas registe-se uma vez mais 3 oportunidades claras de golo falhadas displicentemente: Pereirinha, Matias e Liedson.

A terminar, mais um acto twilight zone com o 2º golo do Sporting marcado num lance simplesmente anedótico. Se fosse este o golo da vitória, eu ficaria muito triste e envergonhado, pois não gosto que o meu Sporting ganhe a qualquer preço. O que percebi da jogada, num primeiro momento o árbitro assistente assinala fora de jogo de Liedson, mas no momento seguinte - após Liedson não se fazer à bola - deixa prosseguir o jogo. O guarda redes sadino, não repara que o jogo continua, deixa inclusive a bola passar a linha de fundo, e faz um passe displicente para o meio do terreno onde surge Liedson - sublinhe-se a atenção e tenacidade do levezinho - a captar a bola e a rematar para o fundo das redes sob o olhar incrédulo de Nuno Santos e de todos aqueles que estavam no Bonfim - que estádio mais desconfortável - estava feito o 2º da noite... digno de constar nos lances caricatos da época. Elmano Santos não será responsável, mas fica marcado por mais um momento infeliz do seu assistente. Espero não ter que assistir a mais lances penosos destes com o nosso Sporting, a favor ou contra.

Rui Patrício - fez uma defesa extraordinária e demonstrou estar a crescer como guarda redes. Hoje mais calmo, ainda assim... continua lento e indeciso em lançar a bola na frente na perspectiva do contra ataque rápido.

Abel - pouca intervenção defensiva e ofensiva mas mais concentrado e menos disparatado no passe.

Polga e Carriço - mais sintonizados a defender, mais empenhados em organizar o primeiro movimento ofensivo, mas inofensivos nos nossos lances ofensivos após marcação de cantos e livres.

Caneira - Equilibra a defesa, mas continua ainda longe do ritmo necessário para construção de lances ofensivos. Para mim... tem dificuldades em construir com Veloso. Falta mecanismos na ala esquerda.

Adrien - ainda continua com uma percentagem elevada de passes errados, lances disparatados e remates sem nexo. De positivo, o facto de encher o meio campo defensivo de forma destemida e limpa.

Moutinho - parece querer ser novamente o jogador que quer encher o campo. Mais confiante, mais disposto a ir no 1 para 1 e a querer dar criatividade aos homens que tem à sua frente no meio campo. Falta o toque de génio que tem nos pés.

Miguel Veloso - demasiado preso à linha lateral no corredor esquerdo, sem grande entrosamento com Caneira e invariavelmente com sentido defensivo. Bom sentido de baliza na meia distancia.

Matias - Passe de ruptura fantástico que criou a primeira oportunidade de golo concretizada. Percorre o caminho de quem a médio prazo será o construtor de jogo no último terço do terreno. Falta-lhe espaço. Devia arriscar mais no lance individual de olhos postos na baliza adversária.

Ismailov - Dá outra estrutura o futebol do Sporting. Mas, acho que é demasiado cedo para lhe entregarem a missão de resolver todos os problemas do jogo leonino.

Liedson - marcou na primeira oportunidade. Será que foi o despertar para os golos? Foi no resto do jogo, bastante desastrado e desconcentrado até ao momento do... 2º golo. No flash Interview disse... banalidades.

Pereirinha - muito útil até ao momento em que falha incrivelmente um lance de golo claro. Desapareceu a partir da aí.

Postiga - tentou, lutou... mas continua em branco.

Saleiro - Não tenho a certeza se chegou a tocar na bola e a efectuar um passe que se visse.

Saldam-se os 3 pontos e pela frente mais uma semana de trabalho para Carvalhal continuar o seu plano de evolução do novo figurino do futebol do Sporting. Sábado às 17h teremos os resultados de mais trabalho. Teremos evolução?

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ainda sobre Liedson e as suas palavras pós Heerenveen


Não compreendo o frenesim da comunicação social sobre as palavras de Liedson após o jogo do Sporting contra os holandeses do Heereveen. Liedson disse o que sentia e o que provavelmente todo o mundo leonino, inclusivamente o treinador, sentiu depois do jogo com Benfica e novamente no jogo da Liga Europa.

Não senti que Liedson estivesse a colocar tudo e todos em causa. Senti sim que o avançado está visivelmente preocupado por não fazer golos, não contribuindo assim para a recuperação e sucesso da equipa.

Liedson teve 2 oportunidades. Ambas, em condições normais, seriam golo certo. Falhou, quanto a mim de forma displicente. Má forma? Liedson reconhece nas suas palavras que sim. E de forma consciente disse, que colocava o seu lugar à disposição do treinador. Parece-me coerente com o discurso de Liedson. Disse ainda que com este sistema torna-se mais difícil chegar ao golo, porque joga sem apoio. E tem razão. Julgo que todos lhe darão razão também. Até mesmo Carvalhal.

Agora transformar estas palavras no caso da semana Leonina é que me parece completamente despropositado. Em praticamente todos os os flash interview os jogadores dizem banalidades, frases feitas e lugares comuns. São, gozados a torto e a direito, por o fazerem. É certo que muitos jogadores também não têm vocabulário para mais. Mas Liedson, foi igual a ele próprio. Fez a análise do jogo, foi transparente nas palavras e nos sentimentos que transmitiu e reconheceu quais as dificuldades que sente no actual momento. Não contestou ninguém, não colocou o treinador em cheque, não foi injusto para os companheiros... foi apenas realista.

A comunicação social pega nesta honestidade de Liedson e torna-a no caso da semana. Porquê? Com que objectivo? Provavelmente não têm mais assunto e Liedson pôs-se a jeito. Da próxima, Liedson fará o que os comuns jogadores fazem naquelas circunstancias: dirá banalidades.

Fica no entanto a minha observação: Liedson tem razão. Jogar abandonado na frente não é - nem poderá ser - a matriz de jogo deste novo sistema. Carvalhal terá com certeza isso bem presente na sua concepção técnica e táctica e terá de trabalhar rapidamente o seu 4x2x3x1 na sua forma ofensiva. Insisto que este sistema, será o que mais beneficiará o futebol do Sporting no futuro, mas vai demorar a ser implementado. Vai de precisar paciência por parte dos adeptos e de muito trabalho por parte dos jogadores. Para se implementar um sistema de jogo são precisos vários factores e tempo. Carvalhal tem de o colocar em prática em competição. E com vitórias será mais fácil... mas elas insistem em não aparecer. Liedson também tem a sua quota de responsabilidade... e ele sabe disso.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sporting 1 - Hereenveen 1 - Um passo atrás?


Continuando a aproveitar as mini-férias, sinto pouca vontade para escrever sobre o que se passou em Alvalade na passada quinta feira. Vi o jogo numa TV que mais parecia um selo dos correios. Mas deu para ver... mais do que isso deu para ouvir os comentários bacocos do homem da verdade desportiva.

Depois de 2 jogos, que emprestaram ao Sporting um novo folêgo para a nova época, a jornada 5 da Liga Europa, reunia em si 2 objectivos leoninos: vitória e um crescendo técnico e táctico da equipa. Os holandeses eram um aperitivo bastante apetecível para que a equipa desse mais um passo em frente na recuperação total do estado animico dos jogadores e da massa adepta. Depois da exibição contra o Benfica, tudo apontava para uma jornada de afirmação. Relembro que o empate ou a vitória davam ao Sporting em definitivo o 1º lugar do grupo.

Mas... todas as melhores expectativas saíram goradas. Comecemos pelo público. 12 Mil Espectadores em Alvalade para apoiar a equipa?? 12 Mil? Num momento em que todos os adeptos recuperavam a auto estima, depois da ovação no final do Derby, entrar em Alvalade com o estádio... vazio não pode dar muito ânimo a um jogador. Estamos a falar de uma competição da UEFA. Estamos a falar de um jogo que daria ao Sporting em definitivo a qualificação para a próxima fase da competição.

Depois, o relvado. Mas quando é que vamos ter um relvado digno de um estádio - que é apontado como um dos melhores da Europa - e de uma equipa que quer jogar bem e rápido? Um relvado miserável, marcações praticamente sumidas... que pobreza na abordagem ao ambiente que uma equipa como o Sporting deve ter como exigência máxima. Moutinho no final, aproveitou a boleia do Jorge Jesus e fez uma declaração que considero inteligente, onde afirma que com este relvado cada vez é mais difícil o futebol do Sporting crescer em rapidez e em técnica.

Sobre o jogo propriamente dito... (suspiro) demos um passo atrás. Pairou em Alvalade, neste jogo, o estigma da época falhada. A equipa entra macia, num 4x2x3x1 muito pouco pressionante, lento e muito pouco objectivo. Reconheço que não pode ser em 2 semanas que um novo treinador, um novo método e sobre tudo, um novo sistema de jogo, possa ser representado em jogo com um futebol demolidor. Mas... caramba, pelo menos uma nova mentalidade deveríamos impor desde o apito inicial. Jogámos de forma macia, talvez com o empate na cabeça, esperando o erro do adversário e sem explosão nenhuma digna de qualquer jogador leonino deixando uma vez mais, à mercê de 4 moinhos holandeses um Liedson que ao longo do jogo foi percebendo que está cada vez mais sozinho na frentes, por vezes com 20/30 metros de distancia da linha de 3 homens do meio campo que o deveriam servir e nem isso fizeram.

Tenho alertado em anteriores textos que não posso conceber um Sporting a jogar com o Liedson sozinho na frente. Este sistema, ou é imposto de uma forma totalmente ofensiva e aí jogamos com o poder de fogo de 4 homens em linha com a baliza adversária, deixando as tarefas defensivas para os 2 trincos e os 4 defesas, ou então, se é um 4x2x3x1 à semelhança de um Braga - que tem na sua matriz jogar com cautelas defensivas e procurar eficácia num contra ataque ou nas bolas paradas, o que está a resultar este ano - ou de um qualquer outro clube que jogue no meio da tabela, estaremos condenados ao fracasso.

A verdade é que nada assegura neste momento que estamos determinados a fazer vingar este novo sistema. Ou seja, os jogadores interiorizaram que para este jogo, o esquema de Paulo Bento seria o ideal e na minha visão andaram entre um e outro sistema, com os erros claros do que praticaram com o de Paulo Bento nesta época. Não se arrisca no 1 para 1. Não se faz um passe com a bola pelo chão a mais de 5/q0 metros. Não há um passe a rasgar com a entrada de jogadores nas costas dos defesas. Insistimos em demasia nas lateralizações e... a bola continua a passar demasiado tempo nos pés dos jogadores no nosso meio campo defensivo. Para que a bola vá da nossa área à do adversário são precisos por vezes mais de 8/10 passes, demasiado rendilhado e com os jogadores sempre... mas sempre a darem demasiados toques na bola.

Logicamente, temos de acrescentar a nulidade dos 2 laterais Grimmi e Pedro Silva que conseguem falhar um passe e uma marcação em quase todas as jogadas do Sporting e foi assim que os holandeses chegaram de forma simples ao golo. Este ano ao menos somos bons num aspecto: damos excelentes brindes.

A equipa... não está ainda equilibrada. Veloso jogou desta vez encostado ao lado esquerdo, depois foi para o lado direito, novamente encostado à linha o que lhe retirou espaço. Veloso gosta de ter espaço.

Mas vamos à minha visão - via TV - do comportamento dos jogadores.

Rui Patrício - continuo a insistir... tem enormes deficiências a lançar o jogo. Lembram-se de como Ricardo muitas vezes colocava a bola no Liedson depois de qualquer lance de bola parada? Não teve culpa no golo, mas só não fez casa para um 2º golo porque Carriço cortou na última. Pareceu-me nervoso. Será por causa de Stoj estar no banco?

Pedro Silva - péssimo.... a defender, a atacar, a centrar, a rematar à baliza. Já nem sequer é uma questão de forma ou da falta dela, é uma questão de ser um jogador muito medíocre.

Polga e Carriço - não foram postos à prova em acções defensivas. Fazem questão de dar a entender que estão com maior determinação nas bolas defensivas pós livres e cantos... mas, caramba, ofensivamente são inofensivos, o que se olharmos para um Bruno Alves ou um David Luís, perguntamos, podemos contar com eles para resolver um jogo?

Grimmi - também está num momento péssimo. Acabou por ser ele a marcar o golo que resolveu o nosso dilema nas contas do grupo, mas se retirarmos o golo, Grimmi, não vale um chavo daquilo que pagámos por ele. Recuperável? Não creio.

Adrien - enche com alma o nosso meio campo defensivo. Interpreta na perfeição as funções de um verdadeiro trinco. Precisa de mais minutos, de mais jogo, de mais calma a lançar o contra ataque leonino e frieza no momento do passe. Mas julgo que está condenado ao banco caso Carvalhal decida colocar ali Miguel Veloso. Adrien será um grande jogador, precisa mesmo é de crescer e amadurecer.

Moutinho - mais empenhado, mais perto do seu normal, mas ainda longe do seu melhor. A trinco, ao lado de Adrien tentou organizar o meio campo, mas este novo sistema obriga a uma outra clarividência e a rasgos criativos, 2 aspectos que ainda estão adormecidos no capitão.

Miguel Veloso - Carvalhal está a experimentar Veloso encostado às linhas laterais, mas já deve ter reparado que Veloso não dá a profundidade necessária ao jogo do Sporting. É um jogador meio perdido quando a equipa tenta pressionar no ataque e que tem sempre uma preocupação defensiva. O lugar de Veloso é a trinco, ou a defesa esquerdo - que para mim parece-me a melhor solução.

Matias - não esteve bem. Deve ser difícil para um jogador tecnicamente evoluído conseguir controlar a bola num relvado mole e solto como o nosso. Falta-lhe poder de explosão que fizeram dele o jogador reconhecido que é. Jogou encostado às linhas e não é ali o seu terreno preferido.

Postiga - Jogou a 10, nas costas de Liedson. Correu, lutou, quis a bola no pé, mas foi sempre muito pouco criativo no momento de soltar a bola para Liedson, dá sempre um toque a mais o que permite a quem defende mais uma oportunidade de corte. A 10, Postiga precisa de espaço e confiança. Em livres e cantos é inofensivo. Não remata de meia distância e não faz passes de ruptura... tudo aquilo que um 10 deve fazer. Não tem lugar no meu 11 preferido.

Liedson - (outro suspiro mas mais profundo!) está completamente só e abandonado na frente. Corre, corre, cansa-se demasiado, faltando depois folêgo e clarividência nos momentos chave do jogo. Vejo um cabeceamento que raramente falhava a acabar tranquilamente nas mãos do guarda redes holandês. Vejo um remate que normalmente teria selo de golo a sair disparatadamente ao lado da baliza. Cansado, um ponta de lança fica com a missão mais difícil. Eu sei que muitos condenam as palavras de Liedson, pois só tem é que fazer o que o treinador lhe pede. Mas ele tem razão. O desabafo foi um alerta de "assim não vamos lá". Foi essa a interpretação que fiz do seu discurso. Eu pessoalmente também acho que assim não vamos lá. O meio campo precisa de estar mais perto do avançado, se possível lado a lado nas jogadas de construção ofensiva. Vamos ver se Carvalhal consegue corrigir e "acarinhar" o alerta de Liedson.

Caneira - ainda a ganhar ritmo, esteve bem no que lhe competia.

Caicedo - ... acho que tocou 3 vezes na bola.

Ismailov - Deixei para o fim aquele que para mim acabou por ser o homem do jogo. Os primeiros 45 minutos depois de 7 meses de paragem, explicaram a razão pela qual o losângulo de Paulo Bento não funcionou. Acho que Carvalhal só o deveria ter lançado no jogo ou depois de um golo do Sporting ou a meio da 2ª parte. Optou pela entrada pós intervalo... arriscou, ok, dou-lhe essa benesse, mas poderia ter corrido mal. 45 minutos depois de uma paragem de 7 meses num jogo onde ainda por cima teve de carregar a equipa praticamente às costas - e que delícia foi vê-lo já com alguns dos seus melhores pormenores - foi demasiado pesado para um regresso que se esperaria mais tranquilo. Será "O Regresso do Rei"? Vamos ver nos próximos jogos.

Conclusão. Demos um passo atrás? Veremos no próximo jogo contra o Vitória de Setúbal. Para já um recado para Sá Pinto: Menos Sorrisos e Mais Garra e Dureza no trato com a equipa depois de jogos como o da passada 5ª feira

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Factos que podem marcar o resto da época.


No meio de umas mini-férias que me levaram para longe do Alvalade XXI em dia de jogo, confesso que não tenho tido muitas informações sobre o dia a dia do nosso Sporting. Ontem à noite, finalmente, tive acesso a notícias e descobri no meio da conferência de imprensa 2 factos que tanto me podem deixar mais confiante como podem levar a desconfiar muito do que vai acontecer daqui para a frente.

Carvalhal juntou ao plantel sénior Ibrahim Rabiu. Este é um facto que me dá confiança no trabalho que Carlos Carvalhal está a desenvolver. Há muito que sócios pediam a Paulo Bento para dar uma oportunidade a este jogador de 18 anos, nigeriano, que tem encantado audiências quando joga pela sua selecção e que nos juniores do Sporting à muito que provou ter massa de um grande 10.

Outro facto é o regresso de Ismailov. Para mim, a falta que fez neste primeiro terço de época foi gritante. Com ele, provavelmente, estaríamos noutra posição, mais fortes e provavelmente ainda com... Paulo Bento. Há males que vêem por bem dirão alguns. Eu preferia o Sporting lado a lado com os actuais candidatos ao título. Mas, Ismailov está de regresso e vai reforçar bastante as opções de Carvalhal e até quem sabe, neste novo esquema, potenciar todo o seu valor. Já ouvi dizer que ele pode jogar como falso ponta de lança - duvido - ao lado de Liedson. Seja como for o meio campo ganha um reforço de peso. Mais velocidade, mais iniciativa, mais expontaneadade e mais poder de fogo.

Vamos ao último facto... Stojkovic. Já escrevi anteriormente o que penso sobre o sérvio. Não queria acrescentar mais nenhuma palavra. Mas, quando escrevi, também disse que muito provavelmente não seria a última vez que estaria a escrever sobre este jogador. A sua convocatória deixa-me preocupado. Não sei que resultados ela trará. Stoj, é o lobo que agora veste a pele de cordeiro, esperando a próxima oportunidade para atacar. A questão, que me leva a reflectir, é que para além do seu mau feitio, má camaradagem e falta clara de sentido de responsabilidade, ele é um activo que necessita de ser valorizado em ano de Mundial, onde estará presente defendendo as redes da Sérvia. Só por esta razão compreendo esta tentativa de recuperação do homem por parte de Carvalhal, mas... acho que é arriscado. Estamos ainda demasiado frageis para agir para além do essencial.

Sei que muitos consócios meus pensam que deve ser dada de imediato a oportunidade ao Sérvio, mas, será justo para Rui Patrício? É nele que está a razão de tão má classificação? Devemos passar uma esponja em tudo o que aconteceu com o sérvio? Esta convocatória deixa-me preocupado. 4 guarda redes num plantel. 2 jovens que precisam de todo o nosso apoio, um experiente que sabe qual o seu lugar e agora mais um... internacional sérvio que quer trabalhar para o mundial, sendo que para tal, já vestiu a pele de cordeiro.

Reflexões à parte... o importante é carimbar já hoje a passagem aos 16 ávos de final da Liga Europa, se possível com uma vitória que assegure já o primeiro lugar do grupo.

Agora só falta saber onde raio vou ver o jogo com a calma e o sossego que preciso para entender como vai a (r)evolução da equipa.