terça-feira, 10 de novembro de 2009

Nunca mais terminam...


... estes dias aziagos que estamos a viver. Não vejo a curto prazo também fim à vista. A massa adepta continua numa guerra sem quartel. Quem paga, são os jogadores.
A escolha do próximo elenco técnico segue sem grande agitação interna, mas com muita especulação externa. A imprensa dispara em todos os sentidos, mas até agora continua às cegas.
O próximo treinador,virá encontrar um clube num estado de de depressão profundo e sem qualquer indíce de recuperação psicológica. Temos uma paragem de 2 semanas. Quanto mais rápido se anunciar o novo treinador, mais rápido acabam as especulações, as teses, a contra informação. Mas ainda assim, durante algum tempo, o treinador escolhido irá sofrer a contestação de um grupo de adeptos que nunca está satisfeito com nada que o clube faça. Esta é uma prova de fogo para José Eduardo Bettencourt. O resultado das suas decisões vão ditar muito do futuro a curto prazo.
As imagens de Domingo em Vila do Conde, após o jogo, onde adeptos mais uma vez brindaram os jogadores com uma monumental vaia, são já a imagem de marca da época 2009/2010. Há razões claras para que os adeptos se sentirem frustrados, zangados e até desiludidos com os jogadores. Em última instância são eles os responsáveis por todo o clima que se vive. A bola no poste, o falhanço clamoroso, a intranquilidade, péssima forma física e psicológica... tudo isso conta para o actual estado da nação leonina. Mas ao mesmo tempo, é preciso não esquecer, que há razões para os jogadores chegarem a este estado. Razões que estão fora do balneário, fora do plano técnico... estão nos gabinetes de alguns artistas, que não há meio de saírem.
Depois das demissões de Barbosa e Telles, acreditei que iam rolar mais 2 ou 3 cabeças... mas não aconteceu. Tal como os ratos, esses, escondem-se em alturas de crise. Não será fácil imaginá-los trancados nos gabinetes, com telefones desligados, aguardando apenas que passe a tempestade. Bettencourt, já deveria ter agido. Não basta apontar o dedo a alguns adeptos, é preciso ir mais longe. É preciso limpar alguns gabinetes.
Mas a prioridade é definir que estrutura técnica vamos ter para o futuro do clube. Director Desportivo, Vice da SAD para o futebol e equipa técnica. Tenho as minhas preferências, provavelmente não serão as eleitas, mas assumo já 2 coisas. Não colocarei oposição nenhuma a quem vier... desde que seja português. Darei o meu apoio, mesmo que não seja um treinador da minha preferência. Também não vou pressionar exigindo este ou aquele. É fácil exigir quando se está de fora. Não contem comigo para aumentar a confusão. Sobre treinador, director desportivo e vice para o futebol, não escreverei uma palavra, apesar de já o ter dito de viva voz em alguns círculos.
Apelo, ao silêncio, à reflexão e respeito por quem está a decidir agora o futuro do nosso clube. No tempo, as decisões serão avaliadas. Espero também que o conflito, adeptos / jogadores tenha chegado ao fim. Sem um clube unido, será muito difícil enfrentar o longo caminho que esta época ainda tem para percorrer. Farei parte dos que querem unir... não dos que querem separar.
Ontem Paulo Bento esteve no Dia Seguinte. Foi uma hora e meia de entrevista. Nada de novo. Coerência no discurso. Defende o plantel, o Barbosa, o Telles. É um homem integro, disso não há dúvida. Mas, as palavras de Bento reconhecem que dificilmente daria a volta à actual situação. Mesmo com o apoio da actual estrutura. Ou seja, hoje, dias depois da sua demissão reconhece o baixar de braços. Ganhou quem está no clube e não quer saber da equipa de futebol. É incrível... mas temos pessoas assim, trabalham e recebem do clube, e estão-se nas tintas para os destinos do futebol profissional do Sporting.

1 comentário:

Redacção disse...

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